Brasil

Hildebrando Pascoal, o deputado da motosserra, deixa prisão

Condenado por liderar um grupo de extermínio, ex-deputado Hildebrando Pascoal conseguiu progressão do regime de fechado para semiaberto

Hildebrando Pascoal, deputado eleito pelo PFL-AC, em imagem de 1999, quando foi preso (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Hildebrando Pascoal, deputado eleito pelo PFL-AC, em imagem de 1999, quando foi preso (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 10h45.

São Paulo – O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, conhecido como “deputado da motosserra”, recebeu o direito de progressão do regime fechado para o semiaberto e poderá, a partir de agora, deixar a cadeia durante o dia.

Pascoal estava preso em Rio Branco, no Acre, desde 1999, acusado de liderar um grupo de extermínio. Entre os casos que ficaram conhecidos na época está a morte de um homem que, ainda vivo, teve os braços e as pernas cortadas com uma motosserra. 

O ex-deputado foi condenado, ainda, por outros crimes como sequestro, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e crimes eleitorais e financeiros. No total, sua pena ultrapassava 100 anos de prisão.

Ossada encontrada no cemitério clandestino usado pelo grupo de extermínio de Hildebrando Pascoal, ex-deputado federal, para enterrar suas vítimas, na periferia de Rio Branco (AC) (Claudio Rossi/Veja/Arquivo)

A juíza que concedeu o benefício diz em sua decisão que Pascoal, hoje com 63 anos, “não exerce mais qualquer tipo de liderança nefasta que o levou ao cárcere” e que “encontra-se com graves problemas de saúde”, apresentando “sérias dificuldades de locomoção e restrição alimentar grave”. 

Além da progressão do regime, o ex-deputado ganhou o direito de ficar sete dias longe da prisão, três vezes ao ano. Durante esse período, Pascoal deve cumprir alguns requisitos como não sair de casa durante a noite, não se envolver em tumultos, não portar armas e não frequentar bares. 

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilCrimeAcre

Mais de Brasil

Ciclone extratropical deixa 100 mil sem luz na Grande São Paulo

Rodrigo Bacellar deixa prisão na PF após decisão do STF

Senado aprova PEC do marco temporal em segundo turno; proposta vai à Câmara

Greve dos ônibus de SP: Nunes diz que não há motivo para atraso de 13º