Helicóptero de Perrella esteve no Paraguai, diz PF
O delegado Leonardo Damasceno, responsável pelas investigações na PF no ES, descartou envolvimento da família Perrella com a cocaína que estava no helicóptero
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 16h50.
Belo Horizonte - O helicóptero modelo Robinson R66 da família Perrella esteve no Paraguai um dia antes de ser apreendido com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo.
Análise feita pela Polícia Federal (PF) no GPS da aeronave mostrou também que, depois de permanecer em São Paulo em 23 de novembro, o helicóptero parou para abastecer em Minas Gerais pouco antes de seguir para o município de Afonso Cláudio, onde ocorreu o flagrante no dia seguinte.
A maior parte das notas usadas pelo deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) para ser reembolsado pela Assembleia Legislativa de Minas pelo abastecimento do helicóptero é da Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda., no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte. É do mesmo local que o pai do deputado, o senador Zezé Perrella (PDT), usa várias notas fiscais para usar verba indenizatória do Senado com abastecimentos.
Mas a PF não confirmou se foi neste local que o helicóptero, registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. - fundada por Zezé e hoje nos nomes de Gustavo, da sua irmã Carolina Perrella e de um sobrinho do senador, André Almeida Costa - parou antes de seguir para o Espírito Santo.
Após a divulgação de que a aeronave era abastecida com recursos do Legislativo mineiro, a assessoria de Gustavo Perrella afirmou que, no mês passado, "não foi pago com verba pública nenhum abastecimento da aeronave do deputado". As prestações de contas de novembro ainda não foram disponibilizadas pela Assembleia de Minas.
O delegado Leonardo Damasceno, responsável pelas investigações na PF no Espírito Santo, descartou envolvimento da família Perrella com a cocaína que estava no helicóptero. A droga foi apreendida com o piloto Rogério Almeida Antunes, que era funcionário da Limeira e foi indicado por Gustavo Perrella para um cargo no Legislativo mineiro, de onde recebia R$ 1,7 mil desde abril.
Além dele, também foram presos o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior e Róbson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, que estavam em terra para receber a carga. O delegado expediu carta precatória para que os proprietários da Limeira fossem ouvidos em Belo Horizonte - o que já ocorreu -, mas esclareceu que nenhum deles prestou depoimento "na condição de investigado".
A PF ainda tentar apurar como a droga seria retirada do País, pois avalia que a quantidade apreendida era muito grande para ser distribuída apenas no Espírito Santo.
Também investiga de onde saiu o dinheiro para a compra da fazenda onde a aeronave foi adquirida, hoje registrada no nome de Hélio Rodrigues, um negociante de imóveis local. Ele não foi localizado ontem para falar sobre a investigação.
CPI
Em Minas, manifestantes que promoveram um "farinhaço" na porta da Assembleia, assim como entidades como o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) cobram a criação de uma comissão parlamentar de inquérito na Assembleia para apurar a questão.
Mas o presidente da Comissão de Ética da Casa, deputado Sebastião Costa (PPS), afirmou ainda não ver motivo para a medida. A comissão abriu procedimento para apurar o caso. Gustavo Perrella não atendeu o telefone nesta terça-feira, 10.
Belo Horizonte - O helicóptero modelo Robinson R66 da família Perrella esteve no Paraguai um dia antes de ser apreendido com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo.
Análise feita pela Polícia Federal (PF) no GPS da aeronave mostrou também que, depois de permanecer em São Paulo em 23 de novembro, o helicóptero parou para abastecer em Minas Gerais pouco antes de seguir para o município de Afonso Cláudio, onde ocorreu o flagrante no dia seguinte.
A maior parte das notas usadas pelo deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) para ser reembolsado pela Assembleia Legislativa de Minas pelo abastecimento do helicóptero é da Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda., no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte. É do mesmo local que o pai do deputado, o senador Zezé Perrella (PDT), usa várias notas fiscais para usar verba indenizatória do Senado com abastecimentos.
Mas a PF não confirmou se foi neste local que o helicóptero, registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. - fundada por Zezé e hoje nos nomes de Gustavo, da sua irmã Carolina Perrella e de um sobrinho do senador, André Almeida Costa - parou antes de seguir para o Espírito Santo.
Após a divulgação de que a aeronave era abastecida com recursos do Legislativo mineiro, a assessoria de Gustavo Perrella afirmou que, no mês passado, "não foi pago com verba pública nenhum abastecimento da aeronave do deputado". As prestações de contas de novembro ainda não foram disponibilizadas pela Assembleia de Minas.
O delegado Leonardo Damasceno, responsável pelas investigações na PF no Espírito Santo, descartou envolvimento da família Perrella com a cocaína que estava no helicóptero. A droga foi apreendida com o piloto Rogério Almeida Antunes, que era funcionário da Limeira e foi indicado por Gustavo Perrella para um cargo no Legislativo mineiro, de onde recebia R$ 1,7 mil desde abril.
Além dele, também foram presos o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior e Róbson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, que estavam em terra para receber a carga. O delegado expediu carta precatória para que os proprietários da Limeira fossem ouvidos em Belo Horizonte - o que já ocorreu -, mas esclareceu que nenhum deles prestou depoimento "na condição de investigado".
A PF ainda tentar apurar como a droga seria retirada do País, pois avalia que a quantidade apreendida era muito grande para ser distribuída apenas no Espírito Santo.
Também investiga de onde saiu o dinheiro para a compra da fazenda onde a aeronave foi adquirida, hoje registrada no nome de Hélio Rodrigues, um negociante de imóveis local. Ele não foi localizado ontem para falar sobre a investigação.
CPI
Em Minas, manifestantes que promoveram um "farinhaço" na porta da Assembleia, assim como entidades como o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) cobram a criação de uma comissão parlamentar de inquérito na Assembleia para apurar a questão.
Mas o presidente da Comissão de Ética da Casa, deputado Sebastião Costa (PPS), afirmou ainda não ver motivo para a medida. A comissão abriu procedimento para apurar o caso. Gustavo Perrella não atendeu o telefone nesta terça-feira, 10.