Brasil

Havelange evita falar sobre pedido de renúncia no COI

Com 95 anos, o ex-presidente da Fifa compôs a mesa de abertura do Footecon, o fórum de futebol organizado anualmente por Carlos Alberto Parreira

Havelange alegou "problemas de saúde" para deixar o cargo no COI, mas a realidade é que ele enfrentava uma investigação de corrupção (Creative Commons/Ide Gomes)

Havelange alegou "problemas de saúde" para deixar o cargo no COI, mas a realidade é que ele enfrentava uma investigação de corrupção (Creative Commons/Ide Gomes)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 18h39.

Rio - João Havelange não quis comentar nesta terça-feira, durante evento no Rio, sobre o seu pedido de renúncia ao cargo de membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), posto que ocupava desde 1963. Com 95 anos, o ex-presidente da Fifa compôs a mesa de abertura do Footecon, o fórum de futebol organizado anualmente por Carlos Alberto Parreira.

Após a cerimônia de abertura do Footecon, que contou com as presenças de Parreira e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, além do técnico Mano Menezes, Havelange desceu do palco para sentar na plateia e poder assistir à primeira palestra. Antes que o próximo painel começasse, jornalistas foram até o ex-presidente da Fifa para tentar entrevistá-lo.

Irritado, Havelange respondeu a mesma coisa várias vezes, a cada um que lhe fizesse uma pergunta: "Vocês são desagradáveis. Me deixem em paz". Após atender ao pedido de pessoas da plateia para tirar fotos com ele, o ex-presidente da Fifa se levantou, apoiado por um assessor, e deixou o salão do Hotel Copacabana Palace, no Rio, onde acontece o Footecon.

Durante o discurso de abertura do Footecon, Parreira aproveitou para fazer um elogio público a Havelange. "Queria agradecer a presença do maior dirigente esportivo que conheço. Uma pessoa que sempre trata a todos bem. Mais do que um amigo, considero João Havelange um pai", finalizou o treinador, acompanhado por uma salva de palmas da plateia.

Havelange alegou "problemas de saúde" para deixar o cargo no COI, mas a realidade é que ele enfrentava uma investigação de corrupção, por causa do escândalo envolvendo a ISL (empresa que vendia os direitos de TV da Fifa), e corria o risco de ser expulso da entidade. Agora, com a renúncia, o caso contra o dirigente brasileiro foi arquivado.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebolOlimpíadas

Mais de Brasil

Pente-fino no BPC: governo determina regras mais rígidas para concessão e revisão de benefício

Sexta-feira será de chuvas no Norte, Nordeste e Sul do país; Sudeste terá frente fria; veja previsão

Benefícios do INSS: saiba quais são e quem tem direito

Brasil confirma as duas primeiras mortes por febre oropouche em todo o mundo

Mais na Exame