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Haddad diz ser amigo de Ciro e que Lula estará no segundo turno

Em entrevista, o ex-prefeito de São Paulo falou sobre os principais pontos do programa de governo do PT para essas eleições

Fernando Haddad: ex-prefeito de São Paulo integra como vice na chapa de Lula (PT) à Presidência da República ao lado de Manuela D'Ávila (PCdoB) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Fernando Haddad: ex-prefeito de São Paulo integra como vice na chapa de Lula (PT) à Presidência da República ao lado de Manuela D'Ávila (PCdoB) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 11h07.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 11h08.

São Paulo - Em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira, 8, o ex-prefeito Fernando Haddad, que ao lado de Manuela D'Ávila (PCdoB) integra como vice a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, afagou o candidato do PDT, Ciro Gomes, negando que haja alguma rusga entre suas campanhas, principalmente após o pedetista ter sido escanteado no acordo que o PT celebrou com o PSB nessa corrida ao Palácio do Planalto.

"Somos amigos do Ciro e estaremos juntos no segundo turno para vencer o governo do PSDB e do Temer, Ciro está do nosso lado", disse Haddad, afirmando que se relaciona muito bem com a classe política, que está muito honrado em integrar como um dos vices a chapa petista. Além disso, disse ter certeza que Lula estará no segundo turno dessas eleições. "Isso, se não ganhar já no primeiro turno", emendou.

Haddad falou ao programa de Geraldo Freire por cerca de vinte minutos, expondo os principais pontos do programa de governo do PT para essas eleições presidenciais. "A determinação do Lula é que a gente percorra o País, levando sua mensagem e o programa de governo. Lula quer que o povo saiba o que será seu terceiro mandato", destacou.

Indagado se está confiante no sucesso da campanha petista neste pleito, depois de amargar a derrota para a Prefeitura de São Paulo, em 2016, Haddad justificou que houve muitas mentiras naquela ocasião e o candidato que ganhou (o tucano João Doria) é atualmente um dos campeões em rejeição. "Muita coisa mudou de lá pra cá", disse, destacando que hoje o Nordeste está fechado com Lula e PT, "ainda mais com reforço da Manuela (D'Ávila, do PCdoB, a outra vice na chapa petista)".

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, é preciso levar ao povo a esperança de que haverá trabalho, emprego e educação. E disse que "os rumos do País hoje, administrados pelo presidente Michel Temer, com a ajuda do PSDB, estão totalmente equivocados".

"O povo sabe que estamos no rumo errado, temos de resgatar o rumo do emprego, da educação. Hoje o projeto do Temer e do PSDB é o maior problema do País." E frisou: "O Brasil já viveu esse tempo (durante o governo Lula), não estamos vendendo ilusão. O projeto que está em curso não deu certo, precisamos impedir o desmonte do País. O que vai mover a roda da economia é o aumento do consumo das famílias."

Indagado sobre o projeto do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, de militarizar as escolas, Haddad disse que não se pode achar que só militar é quem demanda respeito no País. "Não se pode usar a força para se fazer respeitar. Temos de recompor as bases da comunidade escolar", emendou.

No final da entrevista, Fernando Haddad, que também é o coordenador do programa de governo do PT, defendeu que os regimes próprios de previdência nos Estados precisam ser ajustados. "É preciso pactuar as reformas sem sacrificar os mais pobres e sem perder os direitos. Lula e Dilma (ex-presidente Dilma Rousseff) já fizeram isso."

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