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Haddad diz que maior desafio é tirar SP do retrocesso

Animado com o crescimento de sua candidatura nas atuais pesquisas de intenção de voto, o petista disse que está confiante na vitória nessas eleições

Fernando Haddad falando sobre a gestão de Gilberto Kassab: para Haddad, o erro mais grave de Serra foi ter deixado a cidade nas mãos do atual gestor Kassab (Divulgação/Facebook)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 22h32.

São Paulo - Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad , disse que seu grande desafio é resgatar a cidade "do retrocesso e não deixar a administração ao sabor de projetos pessoais". No discurso que fez voltado contra seus principais adversários, o tucano José Serra e Celso Russomanno (PRB), Haddad pediu apoio da militância para não deixar o eleitorado cair em uma nova ilusão. "Não vamos cair numa ilusão que não vai nos levar a mudanças", disse o candidato em discurso na quadra do Sindicato dos Bancários, na Capital, na presença de dois mil militantes.

Animado com o crescimento de sua candidatura nas atuais pesquisas de intenção de voto, o petista disse que está confiante na vitória nessas eleições. E disse à militância: "Sinto o cheiro da vitória em 2012." O candidato fez um balanço de suas realizações à frente do Ministério da Educação e disse ter conseguido devolver à área recursos que o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "retirou da educação". "O presidente Lula disse: devolva para a educação o que o Fernando Henrique tirou", frisou, numa referência ao que ouviu de Lula na ocasião em que era ministro dessa pasta. Com discurso direcionado contra os tucanos, Haddad lembrou que José Serra, seu adversário neste pleito, derrotou Marta em 2004 com a bandeira da saúde, mas que hoje teria deixado a área pior do que quando sucedeu Marta Suplicy. "A saúde que ele prometeu resolver, ele entrega pior do que recebeu", criticou.

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Para Haddad, o erro mais grave de Serra foi ter deixado a cidade nas mãos do atual gestor Gilberto Kassab (PSD), que segundo ele não tem vocação para a administração pública e se dedicou exclusivamente ao seu projeto político-partidário. Aos militantes, Haddad disse ainda que tem "muitos padrinhos poderosos", mas que esses padrinhos são oriundos de sindicatos e movimentos sociais organizados. "Não abdico da amizade desses amigos", enfatizou o candidato, lembrando que está há quase 30 anos no partido e que nunca "pulou de galho em galho".

O evento, que contou com a presença de dirigentes do PT e líderes sindicais, teve como foco principal críticas aos adversários, especificamente Serra e Russomanno. "São Paulo é muito grande para entrar em uma aventura. Esta militância não vai deixar que a cidade embarque num retrocesso ou na aventura", disse o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, emendando: "Não vamos deixar a aventura Russomanno chegar a São Paulo."

No final do evento, Lula disse à Agência Estado que não está preocupado com a liderança de Celso Russomanno nas pesquisas de intenção de voto. "Não preocupa não", frisou.

O coordenador da campanha de Haddad e presidente do Diretório Municipal do PT, Antonio Donato, ressaltou que as pesquisas de intenção de voto já divulgadas indicam crescimento de Haddad. E a vice na chapa de Haddad, Nádia Campeão, destacou os projetos de Haddad e questionou as críticas dos adversários à proposta do Bilhete Único Mensal que, de acordo com ela, é uma grande conquista para o trabalhador. "Tudo que é bom para o trabalhador, ele (Serra) é contra", disse.

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