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Haddad descarta a volta de motofaixas em São Paulo

"Efetivamente não é uma solução para a questão da segurança. Em alguns pontos, chega a piorar", disse o prefeito

Haddad: ele afirmou que a política de motofaixas não é praticada "em nenhum lugar do mundo" (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 16h24.

São Paulo - Um dia após protesto que mobilizou cerca de mil motociclistas na capital paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira, 27, que as ciclovias são "um caminho sem volta" e que não vai reconstruir motofaixas na cidade, porque colocariam em risco a vida dos motociclistas.

"Efetivamente não é uma solução para a questão da segurança. Em alguns pontos, chega a piorar", disse o prefeito em visita às obras dos Córregos Água Preta e Sumaré, na zona oeste.

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Como argumento, Haddad afirmou que a política de motofaixas não é praticada "em nenhum lugar do mundo".

O prefeito citou, ainda, a tentativa de gestões anteriores de construir o equipamento na Avenida 23 de Maio.

"Desistiram porque não era um caminho: morreu mais gente e houve mais acidentes", afirmou.

Apesar de se opor à construção de motofaixas, o prefeito disse que considerava as reclamações dos motociclistas legítimas.

"Acho justo que eles tenham um política própria, sobretudo na área da educação no transporte. Ainda há muita desinformação sobre os direitos deles (motociclistas) e o convívio pacífico com os carros", afirmou.

Além das questões educativas, Haddad destacou ser necessário construir mais bolsões de estacionamento, faixas de retenção em semáforos - em que as motocicletas ficam à frente dos outros veículos - e evitar o uso de corredores entre os carros.

"Nós já demos tratamento especial aos ônibus, aos ciclistas e também resolvemos boa parte das reclamações dos taxistas. Chegou a vez de olhar um pouco para os motociclistas."

O protesto da categoria foi motivado pela desativação de duas motofaixas: uma na Avenida Sumaré, na zona oeste, e outra na Avenida Vergueiro, no centro da cidade.

Segundo a Prefeitura, os equipamentos foram removidos por causa do aumento do número de colisões e atropelamentos.

"Além de um ultraje à categoria, é desrespeito e falta de consideração", escreveu o presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos.

O texto foi publicado no site do sindicato.

Os motociclistas também reclamam da retirada de alguns bolsões de estacionamento, que, segundo eles, deram lugar a ciclovias.

Sobre o assunto, o prefeito Haddad disse que vai fazer o remanejamento dos estacionamentos para locais próximos aos anteriores.

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