Nos EUA, Bolsonaro nega ligação com milícia e defende muro de Trump
Em entrevista à Fox News, presidente disse que a maioria dos imigrantes não tem boas intenções ou não pretende fazer o melhor para o povo dos EUA
Reuters
Publicado em 19 de março de 2019 às 06h38.
Última atualização em 19 de março de 2019 às 08h50.
O presidente Jair Bolsonaro negou, em entrevista à emissora norte-americana Fox News em Washington, conhecer o policial militar da reserva acusado de matar a vereadora Marielle Franco , e fez elogios aos presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem irá se reunir nesta terça-feira.
Questionado pela entrevistadora da emissora norte-americana sobre alegações de que ele e sua família teriam ligações com as milícias suspeitas de envolvimento na morte de Marielle, Bolsonaro reiterou que só conheceu a vereadora após sua morte, em março do ano passado, e garantiu não ter qualquer relação com o PM da reserva apontado como executor do crime, apesar de ambos morarem no mesmo condomínio no Rio de Janeiro.
O presidente acusou a mídia de tentar envolvê-lo injustamente no caso, e lembrou o atentado a faca que sofreu em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, cometido por um ex-integrante do PSOL, o mesmo partido de Marielle.
Bolsonaro também foi questionado na entrevista à Fox News, que foi transmitida em inglês, sobre sua relação com Trump, e fez elogios ao presidente norte-americano. Ele também defendeu a proposta de Trump de erguer um muro na fronteira com o México para conter a imigração ilegal.
Segundo Bolsonaro, a maioria dos imigrantes não tem boas intenções ou não pretende fazer o melhor para o povo dos EUA.
Sobre o encontro que terá nesta terça-feira com Trump na Casa Branca, o presidente disse que deseja discutir um aprofundamento do comércio entre Brasil e Estados Unidos, e afirmou que a crise política na Venezuela será um dos tópicos do encontro.
Bolsonaro disse que sempre admirou Trump, e que deseja que o Brasil seja uma grande nação, assim como o líder norte-americano busca que os EUA sejam grandes.