Procurador-geral da República, Roberto Gurgel: o procurador-geral da República observou que o Ministério Público é uma instituição em que impera a impessoalidade e seu substituto irá conduzir o trabalho da melhor forma. (Divulgação/STF/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 16h44.
Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje (8) se sentir frustrado por deixar o cargo antes da conclusão do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. O mandato de Gurgel termina no próximo dia 15. E no dia anterior (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar os recursos dos condenados no caso.
“Frustração, existe sim. Eu preferia deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente, ou seja, com a perda de mandato dos parlamentares e com a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade”, disse, após participar do 1° Congresso Pensar, do Ministério Público Federal.
O procurador-geral da República, no entanto, observou que o Ministério Público é uma instituição em que impera a impessoalidade e seu substituto irá conduzir o trabalho da melhor forma.
Com a saída de Gurgel, a presidenta Dilma Rousseff irá indicar o novo procurador-geral, que precisa ser aprovado pelo Senado. Até que isso ocorra, o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal assumirá interinamente o cargo. Como o mandato da atual vice-presidenta, Maria Caetana Cintra, se encerra antes mesmo do mandato de Gurgel, o procurador-geral informou que irá convocar uma sessão extraordinária do conselho, para o dia 13 de agosto, para que seja eleito um novo vice-presidente.
Na avaliação de Gurgel, o ideal é que no ato de sua saída fosse possível transmitir o cargo para o novo procurador-geral. “Infelizmente, tem demorado muito. Nas últimas três oportunidades, pelo menos, houve essa interinidade que é indesejável e não faz bem à instituição”, disse.