Gurgel quer vetar amigo de Dirceu no julgamento
Roberto Gurgel afirmou nesta quarta que avalia se vai pedir a suspeição do ministro Dias Toffoli, amigo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 20h26.
Brasília - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta que avalia se vai pedir a suspeição do ministro Dias Toffoli no julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal ( STF ). Toffoli tem dito em conversas reservadas que não vê motivos para se declarar impedido, mesmo sendo amigo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu - apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha" do mensalão - e tendo construído sua carreira jurídica dentro do PT.
"Esse (a suspeição) é um assunto que vai ser visto até o início do julgamento", afirmou Gurgel. Apesar de admitir a possibilidade de questionar a isenção de Toffoli neste caso, Gurgel avalia que isso poderia gerar mais problemas ao julgamento do que benefícios, até porque o assunto teria de ser analisado por todos os ministros.
Além de ter trabalhado com um dos réus, o ex-ministro José Dirceu, Toffoli foi advogado do PT e sua namorada advogou para réus do mensalão no STF. O ministro Marco Aurélio não esconde suas reservas à participação do colega no julgamento. "Se o procurador suscitar vai ser uma situação delicada. Não caberá ao Toffoli decidir, mas sim ao plenário. O problema do Toffoli é sério para dizer o mínimo e não adiantar um ponto de vista", afirmou à coluna Radar, da Veja.
Toffoli ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto. No entanto, reservadamente, já demonstrou que participará do julgamento. Desde que as críticas à sua participação surgiram, o ministro tem buscado argumentos a seu favor.
Nesta quarta, Toffoli julgou mais duas questões de ordem apresentadas pelos advogados dos réus do mensalão. O ministro já havia votado em outros recursos e outras questões referentes à ação penal do mensalão. E ninguém, nem o procurador-geral, suscitou sua suspeição.
Ao contrário de Marco Aurélio, o ministro Gilmar Mendes, cuja mulher também é advogada, tem demonstrado não ver problemas na participação do colega no julgamento.
Brasília - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta que avalia se vai pedir a suspeição do ministro Dias Toffoli no julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal ( STF ). Toffoli tem dito em conversas reservadas que não vê motivos para se declarar impedido, mesmo sendo amigo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu - apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha" do mensalão - e tendo construído sua carreira jurídica dentro do PT.
"Esse (a suspeição) é um assunto que vai ser visto até o início do julgamento", afirmou Gurgel. Apesar de admitir a possibilidade de questionar a isenção de Toffoli neste caso, Gurgel avalia que isso poderia gerar mais problemas ao julgamento do que benefícios, até porque o assunto teria de ser analisado por todos os ministros.
Além de ter trabalhado com um dos réus, o ex-ministro José Dirceu, Toffoli foi advogado do PT e sua namorada advogou para réus do mensalão no STF. O ministro Marco Aurélio não esconde suas reservas à participação do colega no julgamento. "Se o procurador suscitar vai ser uma situação delicada. Não caberá ao Toffoli decidir, mas sim ao plenário. O problema do Toffoli é sério para dizer o mínimo e não adiantar um ponto de vista", afirmou à coluna Radar, da Veja.
Toffoli ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto. No entanto, reservadamente, já demonstrou que participará do julgamento. Desde que as críticas à sua participação surgiram, o ministro tem buscado argumentos a seu favor.
Nesta quarta, Toffoli julgou mais duas questões de ordem apresentadas pelos advogados dos réus do mensalão. O ministro já havia votado em outros recursos e outras questões referentes à ação penal do mensalão. E ninguém, nem o procurador-geral, suscitou sua suspeição.
Ao contrário de Marco Aurélio, o ministro Gilmar Mendes, cuja mulher também é advogada, tem demonstrado não ver problemas na participação do colega no julgamento.