Brasil

Guimarães diz que base aliada aprova medidas econômicas

Segundo líder do governo na Câmara, é unânime a opinião dos partidos da base aliada em relação ao ajuste fiscal por entender a necessidade das medidas


	Partidos da base assinam manifesto em defesa de Dilma
 (José Cruz/Agência Brasil)

Partidos da base assinam manifesto em defesa de Dilma (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 16h28.

Brasília - O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) disse hoje (15) que há unanimidade entre partidos da base aliada que, mesmo com divergências pontuais em relação ao pacote econômico anunciado pelo governo, vê a necessidade das medidas, diante do atual cenário do país.

“No fundamental todos se dispuseram a dialogar nas suas bancadas, convidar os ministros e dialogar com governadores. Houve um posicionamento unânime sobre a necessidade das medidas. Qual o tamanho e impacto delas? Vamos iniciar o dialogo quando os projetos de lei e medidas provisórias entrarem em tramitação aqui na Casa”, afirmou.

José Guimarães conversou com jornalistas depois de encontro entre líderes governistas e a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Dilma convidou os parlamentares para explicar detalhes da estratégia do governo para retomar o crescimento da economia.

Segundo o líder do governo, ficou claro que o ambiente é do diálogo.

“É claro que as medidas precisam e serão aprovadas com muito diálogo. Se o país tiver uma compreensão melhor, elas poderiam ser aprovadas por unanimidade, porque são medidas justas que não retiram um direito. Nós estamos preservando até o reajuste dos servidores”, afirmou.

Ele reagiu ao discurso da oposição que criticou a possibilidade da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). PSDB e DEM atacaram a volta da cobrança, dizendo que a sociedade não aceita mais aumento da carga tributária.

Os líderes dos partidos chegaram a afirmar que a arrecadação com a contribuição representa o maior volume do pacote anunciado pela equipe econômica.

“Foi dito que 70% é imposto. É meio a meio. O governo cortou em demasia na própria carne”, afirmou o petista. Guimarães garantiu que o tributo é necessário e provisório.

“Não queremos para a eternidade. É provisório para necessidade de caixa do governo e vinculando à Previdência”, completou.

Na reunião com os parlamentares, Dilma recebeu das mãos de presidentes e líderes de partidos governistas uma carta assinada pelo PMDB, PcdoB, PP, PSD e PROS, em defesa do mandato da petista.

José Guimarães afirmou que o documento não é uma reação à oposição que lançou, há cinco dias, um movimento pró-impeachment.

“Nossa agenda não é a dos conspiradores, mas a do crescimento e das medidas”, afirmou. O deputado cobrou explicações da oposição sobre o porquê são contrários às medidas anunciadas pelo governo.

“Nos tempos do FHC [Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso], o PT sempre apresentou alternativas para o país na área econômica. A agenda do rami-rami é uma agenda que não dá conta das tarefas e das responsabilidades que todos temos que ter neste momento”, afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCrise econômicaeconomia-brasileiraGovernoOrçamento federalPartidos políticosPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Desabamento e veículos arrastados: véspera de natal é marcada por chuvas em BH

Avião desaparece no AM e mãe de piloto faz apelo por buscas do filho nas redes sociais

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia