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Grupos do 'Fora Dilma' tentam atingir mais cidades

De acordo com o porta-voz do movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, 413 cidades brasileiras e no exterior já confirmaram presença no evento


	Avenida Paulista: protesto no dia 15 de março reuniu cerca de 210 mil no local, de acordo com o Datafolha.
 (REUTERS)

Avenida Paulista: protesto no dia 15 de março reuniu cerca de 210 mil no local, de acordo com o Datafolha. (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2015 às 10h13.

São Paulo -- Os grupos contrários ao governo federal chegaram a uma bandeira comum para os protestos deste domingo (12). Todos adotaram o slogan "Fora Dilma", mas não obtiveram o mesmo grau de mobilização nas redes sociais registrado às vésperas de 15 de março, data em que atraíram o maior contingente de um ato político desde a campanha pelas Diretas-Já. Diante da perspectiva de levar menos gente para as ruas, os três principais movimentos anti-Dilma tentam dar mais capilaridade às manifestações e realizá-las em mais municípios do que no mês passado.

"Nossa intenção é fazer com que a mensagem chegue em mais cidades", afirma o porta-voz do Vem Pra Rua, Rogério Chequer. Em sua página no Facebook, o grupo diz ter atos confirmados em 413 cidades brasileiras e no exterior. O Movimento Brasil Livre (MBL), outro grupo organizador dos protestos, confirmou presença em 161 cidades. No dia 15 de março, os protestos ocorreram em 212 cidades, atraindo um público total de 1,9 milhão de pessoas, 1 milhão delas em São Paulo, segundo estimativa — para alguns inflada — da Polícia Militar. De acordo com o Datafolha, a mobilização na Avenida Paulista reuniu 210 mil.

Na primeira grande manifestação antigoverno, Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre já pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas o Vem Pra Rua, não. Este último grupo agora aderiu ao slogan, que será reforçado pelo Solidariedade (SD), único partido a participar formalmente dos atos deste domingo. O PSDB, por exemplo, convocou apoiadores, mas não fala abertamente em impeachment. Integrantes do SD vão tentar aproveitar o público das manifestações para colher assinaturas pelo impedimento da presidente.

Assim como os organizadores, o governo e o PT avaliam que as manifestações deste domingo serão menores e não terão tanto impacto quanto as de 15 de março. Mesmo assim, a orientação é de acompanhar com atenção redobrada o movimento principalmente em São Paulo, onde há a maior concentração de pessoas.

Organização

Em São Paulo, a PM estima que de dez a 16 carros de som sejam levados para a Avenida Paulista a partir das 14 horas para dar voz a ao menos oito grupos que pedem o impeachment Apesar de rechaçado pelos demais grupos, o SOS Forças Armadas estará presente pedindo a intervenção militar. Como no dia 15, não haverá caminhada: os carros ficarão parados na avenida.

No Rio ativistas planejam se concentrar às 11h no posto 5 da praia de Copacabana (zona sul), para, três horas depois, seguir em caminhada rumo ao hotel Copacabana Palace, a 2,5 km de distância. Convocado pela internet por grupos como Cariocas Direitos, MBL-RJ, Revoltados On Line e União Contra a Corrupção (UCC), o ato desta vez será único — em 15 de março houve um pela manhã e outro à tarde.

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