Greve dos bancários: a Fenaban, que representa os bancos, subiu de 6,5% para 7% a proposta de reajuste salarial da categoria, acrescido de um abono de R$ 3,3 mil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2016 às 18h57.
São Paulo - A greve dos bancários chegou nesta quarta-feira, 14, ao nono dia com 12,4 mil agências fechadas, ou 53% de toda a rede de bancos do País, conforme balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Outros 46 centros administrativos dos bancos também tiveram as atividades paralisadas nesta quarta-feira.
Uma nova rodada de negociação foi marcada para amanhã, às 16 horas, em São Paulo. A Fenaban, que representa os bancos, subiu de 6,5% para 7% a proposta de reajuste salarial da categoria - acrescido de um abono de R$ 3,3 mil -, mas os bancários seguem firmes na reivindicação pelo aumento de 14,78%, junto com o pagamento de três salários mais R$ 8,3 mil em participação nos lucros e resultados.
"Diante da insistência da Fenaban em apresentar um reajuste que não cobre nem a inflação do período (9,62%), a mobilização da categoria ganha força. Não adianta empurrar para a categoria proposta sem valorização salarial", afirma, em nota, o presidente da Contraf, Roberto von der Osten.
Na base de São Paulo, Osasco e região, a greve fechou 901 agências e mobilizou hoje aproximadamente 60 mil trabalhadores, segundo estimativa do sindicato.
Mesmo com as agências fechadas, os clientes dos bancos ainda conseguem realizar movimentações em terminais de autoatendimento e canais alternativos, como internet banking, aplicativos de celular, transações por telefone e correspondentes bancários (casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercado e outros estabelecimentos comerciais credenciados pelas instituições financeiras).