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Greve do gás termina na capital, Santos e ABC

O Sindigás ofereceu 6% de aumento, R$ 310 de cesta básica e PLR de 160%


	Gás Natural: na capital paulista, o tribunal decidiu que a greve foi legal, não abusiva e concedeu reajuste salarial de 6% para a categoria
 (Divulgação)

Gás Natural: na capital paulista, o tribunal decidiu que a greve foi legal, não abusiva e concedeu reajuste salarial de 6% para a categoria (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 20h36.

São Paulo - Os trabalhadores de distribuidoras de gás nas cidades de São Paulo, Santos e na região do ABC voltarão ao trabalho na quarta-feira depois de pouco mais de uma semana em greve. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), na capital, julgou a questão nesta terça-feira e decidiu sobre as reivindicações dos trabalhadores que geravam divergência com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), representante das distribuidoras. No interior do Estado, a audiência de conciliação no TRT da 15ª região, em Campinas, terminou sem acordo e a mobilização continua.

Na capital paulista, o tribunal decidiu que a greve foi legal, não abusiva e concedeu reajuste salarial de 6% para a categoria. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sindminérios) de São José dos Campos e Região, Antonieta de Lima, e coordenadora da bancada de negociação do Estado, ficou definido ainda aumento de 7,39% para os pisos salariais.

O pedido dos trabalhadores era de 7,39% de reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica de R$ 280 para R$ 360 e participação nos lucros e resultados (PLR) de 210%. O Sindigás ofereceu 6% de aumento, R$ 310 de cesta básica e PLR de 160%.


A Seção de Dissídio Coletivo que julgou a questão no TRT-2 decidiu ainda pela "concessão de piso salarial na forma proposta pela empresa, compensação de 50% dos dias parados e estabilidade de 90 dias para todos os trabalhadores". Quanto ao valor da cesta básica e do vale refeição, não houve definição, pois, segundo o tribunal, são propostas que já constam de convenção coletiva existente.

"Um ponto pacífico era sobre a não redução de benefícios e, nessa parte, fomos vitoriosos, porque nossa PLR não avançou, mas também não foi reduzida. A decisão foi favorável para nós", comentou Antonieta. Procurado, o Sindigás não se manifestou até a publicação da reportagem.

O TRT informou que o julgamento não abarca as empresas Ultragaz e Utingás, que possuem dissídio coletivo ajuizado, que será julgado no próximo dia 28. As empresas possuem acordo diferenciado com os funcionários e, por isso, negociarão em separado.

Interior

Também nesta terça-feira, em Campinas, aconteceu a audiência de conciliação entre o Sindigás e sindicatos representando os trabalhadores de Paulínia, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Presidente Prudente. A audiência terminou sem acordo entre as partes e a greve deve continuar até o julgamento, ainda sem data marcada. A categoria faz assembleia na quarta-feira para deliberar sobre a condução da mobilização.

Em nota, o Sindigás disse que "a recusa dos sindicatos paulistas da categoria em aceitar o acordo pactuado com os demais trabalhadores de todo o Brasil, não tem justificativas razoáveis". A greve começou em localidades do interior do Estado no dia 29 de outubro e chegou à capital no dia 05.

De acordo com a presidente do Sindminérios de São José dos Campos e Região, a proposta agrada, em parte, a toda a categoria, e se for estendida para o interior do Estado pode encerrar a greve antes do julgamento.

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