Prisão: o presidente do Sindpen, Leandro Allan, alerta que há poucos agentes para muitos detentos (Richard Bouhet/AFP)
Agência Brasil
Publicado em 27 de outubro de 2016 às 15h18.
A greve dos agentes penitenciários do Distrito Federal completa 17 dias hoje (27) e afeta atividades como visitas aos detentos, escoltas judiciais e atendimento a advogados e oficias de Justiça.
Os agentes reivindicam a contratação de 500 servidores e o pagamento da última parcela do reajuste salarial, de 17,5%, que deveria ter sido quitada em setembro de 2015, mas foi adiada pelo governo do DF por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen), a greve não interfere nas atividades internas do sistema prisional, como a segurança das unidades, que inclui a conferência dos internos e rondas; e os serviços médicos, de alimentação, de inquéritos disciplinares, assistência social e ensino, entre outros.
O presidente do Sindpen, Leandro Allan, alerta que há poucos agentes para muitos detentos. "Existem, hoje, aproximadamente 15 mil presos em todo sistema do DF e existe um estudo que em até 2020 haverá 24 mil detentos. Somos 1,2 mil agentes", comparou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) no dia 14 de outubro e estabeleceu multa de R$ 100 mil por dia o sindicato da categoria, caso os servidores não voltassem ao trabalho. Há uma semana, o desembargador responsável pela ação aumentou a multa para R$ 200 mil ao dia.
Segundo a SSP, na última segunda-feira (24), o secretário da Casa Civil do DF, Sérgio Sampaio, e a secretária de Segurança Pública e Paz Social, Márcia de Alencar, se reuniram com representantes do Sindpen e houve avanço no diálogo em relação às pautas que não têm impacto financeiro.