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Grafiteiro recupera pintura lavando a tinta e é preso em SP

Mauro Neri foi detido depois de apagar a tinta passada pela Prefeitura em um grafite que ele mesmo havia feito

Grafite: acusado de crime ambiental, ele assinou um termo circunstanciado e deve ser liberado em breve (Mauro Neri/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 17h09.

Última atualização em 27 de janeiro de 2017 às 17h34.

São Paulo - O grafiteiro Mauro Neri foi detido por policiais militares na tarde desta sexta-feira, 27, depois de apagar a tinta passada pela Prefeitura em um grafite que ele mesmo havia feito, com aval da gestão anterior, em uma pilastra no Complexo Viário João Jorge Saad (Cebolinha), na zona sul de São Paulo . Acusado de crime ambiental, ele assinou um termo circunstanciado e deve ser liberado em breve.

"Eu estava removendo o cinza e escrevendo novas frases em um lugar onde eu já tinha autorização", disse ao jornal O Estado de S. Paulo por telefone. Ele era acompanhado por um grupo de cinegrafistas espanhóis que fariam um documentário sobre street art e o acompanharam ao longo da semana.

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Ao ser abordado, Neri disse que foi questionado pelos policiais se ele era um pichador que eles procuravam. "Estavam procurando e queriam saber se eu era essa pessoa."

O grafite apagado era parte do projeto Cartografitti, da Secretaria Municipal de Cultura, contemplado pelo edital Arte na Cidade. Neri coordenou o projeto.

Segundo o texto de apresentação no site da pasta, a proposta "faz um recorte no mapa da cidade de São Paulo por meio de uma série de intervenções em 21 locais estratégicos que contou com a participação de diversos artistas da cena street art local".

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