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Governos querem mostrar versatilidade dos estádios da Copa

Cidades em que o futebol não é tradição lutam para tirar a fama de "elefantes brancos" de seus estádios


	Estádio Mané Garrincha: arena é uma das que terá de lutar para se mostrar útil depois da Copa
 (Mateus Baeta/ Portal da Copa)

Estádio Mané Garrincha: arena é uma das que terá de lutar para se mostrar útil depois da Copa (Mateus Baeta/ Portal da Copa)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2014 às 15h14.

São Paulo - A Copa do Mundo no Brasil terminou há quase um mês, e é chegado o momento de algumas arenas mostrarem sua versatilidade. O Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha, é um dos que lutará contra o estigma de “elefante branco”. Ou seja: uma obra grandiosa, que não dá retorno, além de ter manutenção muito cara.

O governo do Distrito Federal (GDF) tem trabalhado para afastar esse estigma dos portões do estádio que pagou para erguer. Como trunfo após a Copa, o GDF conta com outro grande evento: os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de o evento ser predominantemente sediado no Rio de Janeiro, algumas cidades prestarão serviços adicionais, e o Mané Garrincha será palco de partidas de futebol feminino e masculino.

Além dele, o Mineirão, em Belo Horizonte; a Arena Fonte Nova, em Salvador; a Arena Corinthians, o Itaquerão, em São Paulo; e, é claro, o Maracanã, no Rio de Janeiro; vão ter bola rolando durante os jogos olímpicos.

Outro importante evento na agenda do Mané Garrincha é a Universíade, em 2019. A competição é o maior evento esportivo universitário do mundo, e reúne diversas modalidades a cada dois anos, com até 12 mil atletas de 17 a 28 anos. A 30ª edição do evento será na capital federal.

Os grandes eventos esportivos serão intercalados por períodos em que o estádio deverá continuar funcionando para justificar o custo de mais de R$ 1 bilhão para ser erguido (o Tribunal de Contas do DF registrou R$ 1,6 bilhão). Por isso, a administração do estádio precisa pensar em uma forma de torná-lo comercialmente viável.

No entanto, o secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio Monteiro, não vê necessidade de se apressar para definir o modelo de gestão. “Não há pressa, pois não podemos errar. O estádio está mostrando seu potencial, e temos de esgotar todas as possibilidades. Podemos ter um centro comercial dentro do estádio, por exemplo, ou um complexo de entretenimento permanente, com lojas, restaurantes e até bancos. É um local privilegiado, no coração da cidade, com amplo espaço de estacionamento", disse, ao site oficial do governo local.

Para mantê-lo vivo na rotina da capital do país estão previstos espetáculos musicais e partidas de futebol de grandes clubes do país. O primeiro destes jogos será no próximo dia 17, quando Botafogo e Fluminense se enfrentarão pelo Campeonato Brasileiro da Série A.

Além disso, uma partida de futsal também está sendo planejada para o estádio. “Em setembro, esperamos um evento especial. Um jogo internacional de futsal entre Brasil e Argentina. É a expectativa da volta do jogador Falcão à seleção brasileira”, disse Monteiro.

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