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Governo seguirá derrotado se não reorganizar base, diz Cunha

Segundo o presidente da Câmara, o governo continuará sofrendo derrotas se não reorganizar sua base aliada


	Presidente da Câmara, Eduardo Cunha: "é preciso que se tenha a consciência... o governo precisa organizar a sua base"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha: "é preciso que se tenha a consciência... o governo precisa organizar a sua base" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 19h52.

Brasília - O governo continuará sofrendo derrotas na Câmara dos Deputados se não reorganizar sua base aliada, afirmou nesta quarta-feira o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo Cunha, que em meados de julho declarou rompimento pessoal com o Planalto, apesar de integrar o maior partido da coalizão, não adianta o governo "fingir" que tem base de apoio.

"É preciso que se tenha a consciência... o governo precisa organizar a sua base", disse ele a jornalistas. "O governo já vem perdendo em tudo, não é a tendência de o governo perder, não, vai continuar perdendo", afirmou.

Mais cedo, o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, fez um apelo ao Congresso Nacional e a partidos para que evitem uma crise política no país. Temer reconheceu que a situação é "grave" e disse que "mais do que nunca" se faz necessária a harmonia.

As declarações enfáticas do vice-presidente ocorrem um dia após o governo sofrer derrota na Câmara durante a votação de um requerimento para retirar da pauta uma proposta que pode impactar as contas públicas.

A rejeição do requerimento sinalizou que integrantes da base não estariam cumprindo o acordo de evitar a votação de matérias que prejudicam as contas, justamente num momento em que o governo faz um esforço para promover um ajuste fiscal.

Segundo o presidente da Câmara, o plenário pode votar em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que vincula os subsídios de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) e de procuradorias dos Estados e Distrito Federal aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta só será votada em segundo turno, no entanto, após a promulgação de outra matéria que exige a discriminação de uma fonte de recursos para qualquer medida que implique gastos adicionais para Estados e municípios.

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