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Governo sanciona aumento das misturas de biodiesel e etanol

Executivo poderá elevar a mistura de etanol na gasolina até o limite de 27,5 por cento

Combustíveis: governo poderá aliviar a necessidade de importação de derivados de petróleo (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 11h27.

São Paulo - O governo federal sancionou a lei que aumenta o percentual de biodiesel no diesel e que autoriza a elevação da mistura de etanol na gasolina.

A adição de biodiesel passou a 6 por cento a partir de julho de 2014 e irá para 7 por cento a partir de 1º de novembro deste ano, conforme publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.

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Antes da edição de medida provisória sobre o tema, o percentual era de 5 por cento.

A lei também prevê que o Executivo poderá elevar a mistura de etanol na gasolina até o limite de 27,5 por cento, desde que constatada sua viabilidade técnica, ou reduzi-la a 18 por cento.

A mistura de etanol está atualmente no máximo autorizado até agora, de 25 por cento.

Com a elevação da mistura de combustíveis renováveis nos fósseis, o governo poderá aliviar a necessidade de importação de derivados de petróleo, que tem afetado as contas da Petrobras.

Isso porque a estatal vende os produtos no mercado interno a um preço inferior ao que desembolsa para comprá-los no exterior, em função do controle das cotações.

Segundo o texto sancionado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) poderá, a qualquer momento e por motivo de justificado interesse público, baixar o percentual de mistura de biodiesel para até 6 por cento, "restabelecendo-o por ocasião da normalização das condições que motivaram a redução do percentual".

No início de setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a Petrobras Distribuidora a comercializar gasolina com 27,5 por cento de etanol anidro para realização de testes de avaliação da viabilidade técnica da mistura.

A associação de montadoras de veículos Anfavea afirmou no final do primeiro semestre que não apoiava o aumento da mistura de etanol na gasolina para 27,5 por cento, afirmando que a elevação afetaria 42 por cento da frota brasileira de automóveis que ainda funciona apenas com gasolina.

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