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Governo reduz intervalo do reforço e anuncia 4ª dose para imunossuprimidos

Para o Ministério da Saúde, ritmo de vacinação contra a covid-19 precisa ser acelerado para evitar os riscos com a variante ômicron

Vacinação contra a covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Vacinação contra a covid-19 em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 14h08.

Última atualização em 20 de dezembro de 2021 às 15h03.

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira, 20, em nota técnica, a redução do prazo para a aplicação da dose de reforço vacinal contra a covid-19 de cinco para quatro meses, e também anunciou a aplicação de mais um reforço — ou quarta dose — para pacientes imunossuprimidos.

No caso do grupo de pessoas com o sistema imunológico comprometido, o intervalo para a aplicação da nova dose será de quatro meses, a partir do primeiro reforço.

"Uma dose de reforço da vacina covid-19 para todos os indivíduos com mais de 18 anos de idade, que deverá ser administrada a partir de quatro meses após a última dose do esquema vacinal [segunda dose], independente do imunizante aplicado. A vacina a ser utilizada para a dose de reforço deverá ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro [Comirnaty/Pfizer] ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral [Janssen ou AstraZeneca]", disse o ministério em nota técnica.

"Uma dose de reforço da vacina covid-19 para todos os indivíduos imunocomprometidos acima de 18 anos de idade que receberam três doses no esquema primário [duas doses e uma dose adicional], que deverá ser administrada a partir de 4 meses", acrescentou.

O documento lista como imunocomprometidos pessoas com imunodeficiência primária grave; quimioterapia para câncer; transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas em uso de drogas imunossupressoras; e pessoas vivendo com HIV/aids, entre outras.

No sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já havia antecipado em suas redes sociais a redução de cinco para quatro meses o intervalo para a dose de reforço com o objetivo de ampliar a proteção contra a variante ômicron.

SP mantém máscara até fim de janeiro

O aumento de casos de influenza e o avanço da nova variante do coronavírus, a ômicron, levaram o governo de São Paulo a prorrogar o uso obrigatório de máscaras no estado até o fim de janeiro. A obrigatoriedade tinha validade prevista até 31 de dezembro, mas o governo reviu os planos com os desafios persistentes na área da Saúde.

Não foi a primeira vez que o estado teve de voltar atrás na flexibilização da medida. No meio de novembro, o governador de São Paulo, João Doria, chegou a anunciar a intenção do estado de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras já em meados de dezembro.

Mas foi antes de que a ômicron se espalhasse pela Europa e trouxesse preocupação também ao Brasil. E antes mesmo que a influenza se configurasse como epidemia diante das baixas taxas de vacinação da população neste ano.

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