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Governo recua de exigência de desculpas de Macron para aceitar ajuda do G7

Segundo o porta-voz, a principal condição imposta pelo governo brasileiro é poder decidir como o dinheiro doado será utilizado

EMMANUEL MACRON: “o presidente Bolsonaro decidiu não respeitar seus compromissos climáticos nem se comprometer com a biodiversidade” / Koji Sasahara/Pool via REUTERS (Koji Sasahara/Reuters)
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AFP

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 20h16.

Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 20h17.

O presidente Jair Bolsonaro está disposto a aceitar a ajuda dos países e organizações internacionais, desde que possa controlar os recursos de combate aos incêndios na Amazônia , informou nesta terça-feira (27) seu porta-voz.

O governo está aberto a receber apoio financeiro de organizações e países desde que isto "não ofenda a soberania brasileira e que a governança desses recursos seja de nossa responsabilidade", declarou o porta-voz Otávio Rego Barros, horas após Bolsonaro condicionar a recepção da ajuda a um pedido de desculpas do presidente francês, Emmanuel Macron.

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O líder francês anunciou após a Cúpula do G7 em Biarritz, neste final de semana, que o grupo doaria 20 milhões de dólares aos países da bacia amazônica para se enfrentar a crise.

Mas o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse na segunda-feira que o Brasil rejeitaria a ajuda, enquanto Bolsonaro a condicionou a um pedido de desculpas de Macron.

O presidente francês acusou Bolsonaro de "mentir" sobre seus compromissos ambientais e na véspera citou a possibilidade de conferir um "estatuto internacional" à selva amazônica caso "um estado soberano adotasse de maneira concreta medidas claramente contrárias ao interesse de todo o planeta".

Perguntado sobre se Bolsonaro já não condicionava a recepção da ajuda a um pedido de desculpas de Macron, o porta-voz declarou que o Brasil vai receber os recursos estrangeiros, desde que o manejo "seja nosso".

A recusa da ajuda do G7 havia alarmado os nove governadores dos estados amazônicos, que pediram a Bolsonaro que reavaliasse sua posição, em uma reunião em Brasília nesta terça-feira.

A postura de Bolsonaro sobre a questão ambiental já havia provocado a paralisação do Fundo Amazônia, financiado por Noruega e Alemanha.

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