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Governo reconhece atrasos para Copa e pede agilidade

Dilma reuniu-se com dez ministros, governadores, prefeitos e representantes das 12 cidades que serão sedes da Copa e decidiu acompanhar de perto o andamento dos projetos

A presidenta Dilma Rousseff se reúne com governadores e prefeitos das cidades-sede da Copa 2014 (Agencia Brasil / Antonio Cruz)

A presidenta Dilma Rousseff se reúne com governadores e prefeitos das cidades-sede da Copa 2014 (Agencia Brasil / Antonio Cruz)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 08h39.

Brasília - O governo reconheceu na terça-feira atrasos nas obras para a Copa do Mundo de 2014, pediu que os trabalhos e investimentos sejam acelerados e anunciou os modelos para as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se com dez ministros, governadores, prefeitos e representantes das 12 cidades que serão sedes da Copa e decidiu acompanhar de perto o andamento dos projetos. Ela presidirá uma reunião trimestral com o grupo para tratar dos prazos das obras.

A reunião ocorreu dias após a Fifa concluir que os trabalhos em 10 das 12 cidades estão no "rumo certo". São Paulo e Natal preocupam devido ao ritmo lento nas obras dos estádios.

"Concluímos que será necessário acelerar mais a preparação da Copa", disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, que estimou que o crescimento do tráfego aéreo no Brasil continuará na casa de dois dígitos até 2014.

Apesar da avaliação positiva da Fifa, a entidade emitiu novo alerta às autoridades brasileiras em relação à infraestrutura de transporte das cidades-sede do torneio, especialmente sobre a operação e capacidade dos aeroportos.

A falta de estrutura dos principais terminais do país, somada ao aumento no número de passageiros, é uma das principais preocupações para a realização da Copa e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.

"A presidenta apontou que é muito importante que as cidades aproveitem a oportunidade para melhorias na área de transportes e pediu que cidades acelerem investimentos em mobilidade urbana", disse Silva.

Para os aeroportos, foi anunciada a concessão das novas áreas nos terminais de Guarulhos e Viracopos, no Estado de São Paulo, e o de Brasília.


Os investidores privados terão até 51 por cento nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs) e a Infraero, estatal que administra os aeroportos, será minoritária, com fatia de até 49 por cento.

As SPEs serão responsáveis pelas novas construções e a gestão desses aeroportos. O edital deverá estar pronto em dezembro de 2011.

Dilma afirmou que a participação da Infraero nas concessões tornará a estatal mais atrativa para a sua futura abertura de capital.

"É mais fácil abrir o capital da Infraero depois de ela tomar um choque de competitividade", disse ela na reunião, de acordo com nota divulgada pela Presidência.

Segundo a presidente, o governo deseja atrair, além de investidores brasileiros, grandes operadores internacionais.

O governo acredita também na aprovação, pelo Congresso, do regime diferenciado de contratações para as obras relativas ao Mundial, disse o ministro do Esporte. Além disso, o governo pretende estruturar um novo marco legal para acelerar as desapropriações.

"As obras de mobilidade urbana envolvem centenas, às vezes milhares, de desapropriações. A Frente Parlamentar dos Prefeitos trouxe sugestões que vão ser objeto de apreciação de quatro ministérios", disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

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