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Governo quer propor reajuste pela inflação a servidores

"O governo tem interesse em repor a inflação", afirmou Carvalho a jornalistas


	Gilberto Carvalho: ao ser questionado sobre a disponibilidade de recursos para os reajustes, Carvalho disse que há uma estimativa inicial de 14 bilhões de reais
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Gilberto Carvalho: ao ser questionado sobre a disponibilidade de recursos para os reajustes, Carvalho disse que há uma estimativa inicial de 14 bilhões de reais (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 16h16.

Brasília - O governo pretende apresentar propostas de reajustes salariais aos servidores que recomponham as perdas inflacionárias do último ano, disse nesta quinta-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

"O governo tem interesse em repor a inflação", afirmou Carvalho a jornalistas.

Os reajustes devem variar entre 4,5 e 6,5 por cento, dependendo da categoria, segundo disse à Reuters uma outra fonte do governo, que preferiu não ter a sua identidade revelada.

Apenas militares, servidores da educação e algumas poucas categorias devem receber reajustes maiores, afirmou a fonte, acrescentando que a proposta aos militares deve ficar em torno de 10 por cento.

Para conceder reajuste salarial aos servidores públicos, o governo estima que pode gastar entre 14 bilhões e 22 bilhões de reais, segundo a mesma fonte.

Ao ser questionado sobre a disponibilidade de recursos para os reajustes, Carvalho disse que há uma estimativa inicial de 14 bilhões de reais.

"Pode ser um pouco mais", afirmou o ministro, acrescentando que as negociações determinarão o total a ser destinado aos servidores.

Se o valor chegar a 22 bilhões de reais, o pleito dos 22 sindicatos que representam as carreiras típicas de Estado poderá ser atendido minimamente, segundo os sindicalistas. Eles reivindicam reajuste médio de 13 por cento, que teria um custo de 20 bilhões de reais para os cofres do governo Entre as carreiras de Estado estão os funcionários da Receita Federal, os delegados da Polícia Federal e os funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com o Ministério do Planejamento, que está conduzindo as negociações com os servidores, se as reivindicações de todas as categorias fossem atendidas, os gastos chegariam a 92,2 bilhões de reais.

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