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Governo quer evitar que plano aumente superlotação prisional

Plano Estratégico de Fronteiras deve resultar em mais prisões, o que pode inchar o sistema prisional brasileiro

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 15h35.

Brasília - O sucesso do Plano Estratégico de Fronteiras pode implicar em problemas para o sistema prisional brasileiro. Atualmente há, de acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, 60 mil presos em delegacias de polícias. A partir do momento em que novas prisões sejam efetuadas com as operações dirigidas às fronteiras, o risco de esse problema aumentar é grande. Por esse motivo, o Ministério da Justiça começa a traçar um plano auxiliar dedicado a ampliar o número de vagas prisionais no país.

“O Plano [Estratégico de Fronteiras] vai buscar diminuir o grau de vulnerabilidade das fronteiras nacionais. É evidente que a questão prisional tem de ser objeto de nossa preocupação. Por essa razão, estamos elaborando um outro plano e vamos submetê-lo à Presidência da República, na perspectiva de que, além do previsto para esse ano, possamos atacar principalmente os mais de 60 mil presos em delegacias de polícias sob condição praticamente sub-humana”, disse Cardozo durante o lançamento do plano que pretende enfrentar o crime praticado nos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras nacionais.

Segundo o ministro, “o governo federal tem estudado maneiras de, em conjunto com os governos estaduais e em curto espaço de tempo, ampliar o número de vagas prisionais e buscar formas para que, efetivamente, o sistema prisional possa sair da situação em que se encontra”.

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