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Governo prorroga decreto para proteção da Amazônia por mais um mês

Decreto assinado por Bolsonaro estende presença das Forças Armadas na Garantiada Lei e da Ordem (GLO) até o dia 10 de julho na Amazônia

Amazônia: apesar de decreto, desmatamento segue crescendo (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

Amazônia: apesar de decreto, desmatamento segue crescendo (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de junho de 2020 às 10h44.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 13h03.

O presidente Jair Bolsonaro prorrogou por mais um mês o decreto que autoriza os militares realizarem ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, direcionadas ao desmatamento ilegal e combate a focos de incêndio na Amazônia Legal. A chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vai se estender até o dia 10 de julho.

O decreto não faz menção ao combate aos garimpos ilegais na Amazônia, mas prevê o emprego das Forças Armadas na faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos Estados da Amazônia Legal. É o segundo ano consecutivo que Bolsonaro recorre aos militares para ações contra incêndio e desmatamento na Amazônia.

O decreto foi prorrogado nesta quarta-feira, um dia depois de O GLOBO mostrar que o desmatamento na Amazônia superou 10 mil km² entre agosto de 2018 e julho de 2019. É o maior índice de área desflorestada desde o intervalo entre agosto de 2007 e julho de 2008, quando foram derrubados 12.911 km² de floresta.

Tradicionalmente, essas ações são planejadas e executadas por órgãos ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Além de Bolsonaro, assinam a prorrogação do decreto os ministros da Justiça, André Mendonça, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

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