Governo prevê derrota e se concentra no plenário da Câmara
Segundo fontes, o governo espera uma derrota na comissão que analisa o impeachment, mas avalia que a decisão do plenário da Câmara será a mais importante
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2016 às 19h19.
Brasília - O Palácio do Planalto espera uma derrota na comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados , mas avalia que o resultado não será tão ruim para o governo quanto o imaginado inicialmente e que a decisão do plenário da Casa será a mais importante, disseram à Reuters duas fontes palacianas.
“A própria formação (da comissão) já foi esquisita e se sabe o que esperar. O que interessa é o plenário”, avaliou uma das fontes. Ainda assim, o esforço é para evitar um placar muito elástico. Se a diferença for pequena, avaliou a outra fonte, é mais fácil usar esses números apertados para tentar mudar votos em plenário, mostrando a parlamentares que a aprovação do impeachment não é favas contadas, como tenta passar a oposição.
O Planalto chegou a avaliar a possibilidade de entrar com uma medida judicial contra o processo na comissão depois que o relator, Jovair Arantes (PTB-GO), anunciou que não pretende usar os dados apresentados pela defesa da presidente em seu relatório –e nem o que foi levado pela acusação.
Mas a decisão, no entanto, foi por deixar o processo correr e não apelar para a judicialização neste momento. O governo acredita que, agora, cresceram as chances de conseguir segurar o processo de impeachment no plenário da Câmara. Daí a decisão, anunciada pela presidente na manhã desta terça-feira, de não fazer mudanças na equipe ministerial antes da votação do impeachment.
“O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não iremos mexer em nada atualmente. Não está em questão”, disse a presidente.
Parte do núcleo político do governo defendia as mudanças antes da votação. Outro grupo, no entanto, preferia esperar pelo resultado da votação para só então entregar os cargos ministeriais.
Nesse meio tempo, no entanto, o governo está retirando cargos de segundo e terceiro escalão do PMDB, que decidiu há uma semana romper com o governo, e entregando para outros partidos da base. Nesta terça-feira, foi nomeado Antonio Iran Costa Magalhães, indicado pelo PP, para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), cargo antes nas mãos do PMDB.
Outros quatro peemedebistas, ligados ao ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, e ao ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil Eliseu Padilha também tiveram suas exonerações publicadas no Diário Oficial.
O Planalto considerou “perfeita” a defesa apresentada na segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, à comissão do impeachment. A intenção é preparar um resumo com os principais pontos da argumentação e distribuir para todos os deputados e senadores, mas também para movimentos sociais, sindicatos, juristas e outros grupos que queiram fazer a defesa da presidente.
Brasília - O Palácio do Planalto espera uma derrota na comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados , mas avalia que o resultado não será tão ruim para o governo quanto o imaginado inicialmente e que a decisão do plenário da Casa será a mais importante, disseram à Reuters duas fontes palacianas.
“A própria formação (da comissão) já foi esquisita e se sabe o que esperar. O que interessa é o plenário”, avaliou uma das fontes. Ainda assim, o esforço é para evitar um placar muito elástico. Se a diferença for pequena, avaliou a outra fonte, é mais fácil usar esses números apertados para tentar mudar votos em plenário, mostrando a parlamentares que a aprovação do impeachment não é favas contadas, como tenta passar a oposição.
O Planalto chegou a avaliar a possibilidade de entrar com uma medida judicial contra o processo na comissão depois que o relator, Jovair Arantes (PTB-GO), anunciou que não pretende usar os dados apresentados pela defesa da presidente em seu relatório –e nem o que foi levado pela acusação.
Mas a decisão, no entanto, foi por deixar o processo correr e não apelar para a judicialização neste momento. O governo acredita que, agora, cresceram as chances de conseguir segurar o processo de impeachment no plenário da Câmara. Daí a decisão, anunciada pela presidente na manhã desta terça-feira, de não fazer mudanças na equipe ministerial antes da votação do impeachment.
“O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não iremos mexer em nada atualmente. Não está em questão”, disse a presidente.
Parte do núcleo político do governo defendia as mudanças antes da votação. Outro grupo, no entanto, preferia esperar pelo resultado da votação para só então entregar os cargos ministeriais.
Nesse meio tempo, no entanto, o governo está retirando cargos de segundo e terceiro escalão do PMDB, que decidiu há uma semana romper com o governo, e entregando para outros partidos da base. Nesta terça-feira, foi nomeado Antonio Iran Costa Magalhães, indicado pelo PP, para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), cargo antes nas mãos do PMDB.
Outros quatro peemedebistas, ligados ao ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, e ao ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil Eliseu Padilha também tiveram suas exonerações publicadas no Diário Oficial.
O Planalto considerou “perfeita” a defesa apresentada na segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, à comissão do impeachment. A intenção é preparar um resumo com os principais pontos da argumentação e distribuir para todos os deputados e senadores, mas também para movimentos sociais, sindicatos, juristas e outros grupos que queiram fazer a defesa da presidente.