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Governo pede investigação de protestos contra alta de tarifa

As manifestações começaram na última segunda-feira, após o anúncio do aumento, entre 20% e 50%, das tarifas referentes aos transportes públicos


	Os protestos foram organizados pelo Movimento Passe Livre, que se originou em universidades para exigir tarifas menores e um transporte público de melhor qualidade
 (Divulgação/MPL-SP)

Os protestos foram organizados pelo Movimento Passe Livre, que se originou em universidades para exigir tarifas menores e um transporte público de melhor qualidade (Divulgação/MPL-SP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 19h12.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira que solicitou que seja iniciada uma investigação policial sobre as manifestações contra o aumento das passagens que tomaram conta da ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo nos últimos dias.

As manifestações começaram na última segunda-feira, após o anúncio do aumento, entre 20% e 50%, das tarifas referentes aos transportes públicos.

A ação mais violenta aconteceu ontem à noite em São Paulo e, segundo fontes oficiais, reuniu cerca de cinco mil pessoas. Houve confrontos com a polícia, o trânsito foi fechado, e estabelecimentos, ônibus, outros veículos e estações do metrô foram depredados.

Dezenas de pessoas foram detidas temporariamente durante as manifestações no Rio e em São Paulo.

"Pedimos à Polícia Federal que faça uma análise dessa situação, e, evidentemente, as medidas que forem necessárias serão tomadas. Quem vive no estado democrático de direito tem de garantir a liberdade de expressão, mas, em momento algum, abusos e danos", disse Cardozo.

Os protestos foram organizados pelo Movimento Passe Livre, que se originou em universidades para exigir tarifas menores e um transporte público de melhor qualidade.

Diversos grupos de estudantes e forças políticas de esquerda, como a Juventude do Partido dos Trabalhadores, participam do movimento.

Cardozo explicou que, segundo as autoridades de São Paulo, nos últimos dois dias cerca de 85 ônibus de empresas de transporte público foram depredados pelos manifestantes.

"É um absurdo", declarou o ministro, que classificou os atos como "vandalismo" e afirmou que "dessa forma ninguém pode discutir nenhuma reivindicação".

Segundo Cardozo, o Brasil é "uma democracia na qual é legítimo que as pessoas expressem suas opiniões, mas não com violência e nem com atos de vandalismo".

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