Governo não tem fórmula para reforma política, diz Dilma
Programa de Dilma diz que "é urgente e necessária uma ampla e profunda reforma política cujo objetivo é resolver as distorções do nosso sistema representativo"
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2014 às 14h22.
Brasília - Diante da resistência de parlamentares da própria base aliada à convocação de um plebiscito para tratar da reforma política , a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 5, que "ninguém do governo pretende ter a fórmula pronta" de como o tema será tratado.
"Não podemos descuidar dos interesses populares expressos durante toda a campanha. Eu não pretendo, nem ninguém do governo pretende, ter a fórmula pronta de como isso se dará. Temos de ter a convicção de que isso é algo que temos de assumir e encaminhar, temos de ter capacidade de entender que, sem isso, o Brasil não dará os passos que tem de dar", discursou Dilma, em solenidade com lideranças do PSD no Palácio do Planalto.
Em entrevista à TV Bandeirantes, logo depois da apuração dos votos do segundo turno, Dilma afirmou que a reforma poderia ser feita tanto por plebiscito quanto por referendo.
"Não interessa muito se é plebiscito ou referendo. Mas não é possível supor que a sociedade e a população vão ficar alheias a esse processo", disse na ocasião.
Lançado durante a campanha eleitoral deste ano, o programa de governo de Dilma afirma que "é urgente e necessária uma ampla e profunda reforma política cujo objetivo é resolver as distorções do nosso sistema representativo".
"Para assegurá-la será imprescindível a participação popular, por meio de um plebiscito que defina a posição majoritária sobre os principais temas", diz o documento.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, anunciou que o PMDB vai elaborar uma proposta de reforma política que será enviada ao Congresso Nacional até o início de 2015.
Segundo o vice-presidente, a ideia é viabilizar a votação de uma reforma política pelo Congresso ainda no ano que vem.
Mudança
Durante o evento com lideranças do PSD, Dilma destacou que na última eleição duas palavras ganharam destaque: mudança e reforma.
A presidente ainda afirmou que na democracia ninguém deve abrir mão de convicções ou posições.
"Temos que defender o diálogo com base em propostas. Não tem diálogo genérico. Tem de ver se dá para fazer o encontro em posições consensuais."
Dilma reconheceu que a campanha eleitoral acirra os ânimos, mas ressaltou que, agora, "nossa função é mudar o ritmo da discussão".
"(A campanha eleitoral) É uma discussão que acirra ânimos, até porque você tem de mostrar as diferenças (dos projetos) e, ao mostrar as diferenças, você ressalta mais o que é diferente do que é possivelmente comum", observou.
"Nós agora temos de fazer a trajetória inversa, isso ocorre em qualquer democracia madura do mundo."
Diálogo
A presidente defendeu ainda o diálogo com todos os setores, os movimentos sociais e centrais sindicais. Segundo ela, a diversidade brasileira está retratada no Congresso Nacional.
"O Congresso é o local de diálogo. O espaço de articulação política é o Congresso Nacional. É lá que se dá a relação do governo com os partidos", frisou.
Brasília - Diante da resistência de parlamentares da própria base aliada à convocação de um plebiscito para tratar da reforma política , a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 5, que "ninguém do governo pretende ter a fórmula pronta" de como o tema será tratado.
"Não podemos descuidar dos interesses populares expressos durante toda a campanha. Eu não pretendo, nem ninguém do governo pretende, ter a fórmula pronta de como isso se dará. Temos de ter a convicção de que isso é algo que temos de assumir e encaminhar, temos de ter capacidade de entender que, sem isso, o Brasil não dará os passos que tem de dar", discursou Dilma, em solenidade com lideranças do PSD no Palácio do Planalto.
Em entrevista à TV Bandeirantes, logo depois da apuração dos votos do segundo turno, Dilma afirmou que a reforma poderia ser feita tanto por plebiscito quanto por referendo.
"Não interessa muito se é plebiscito ou referendo. Mas não é possível supor que a sociedade e a população vão ficar alheias a esse processo", disse na ocasião.
Lançado durante a campanha eleitoral deste ano, o programa de governo de Dilma afirma que "é urgente e necessária uma ampla e profunda reforma política cujo objetivo é resolver as distorções do nosso sistema representativo".
"Para assegurá-la será imprescindível a participação popular, por meio de um plebiscito que defina a posição majoritária sobre os principais temas", diz o documento.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, anunciou que o PMDB vai elaborar uma proposta de reforma política que será enviada ao Congresso Nacional até o início de 2015.
Segundo o vice-presidente, a ideia é viabilizar a votação de uma reforma política pelo Congresso ainda no ano que vem.
Mudança
Durante o evento com lideranças do PSD, Dilma destacou que na última eleição duas palavras ganharam destaque: mudança e reforma.
A presidente ainda afirmou que na democracia ninguém deve abrir mão de convicções ou posições.
"Temos que defender o diálogo com base em propostas. Não tem diálogo genérico. Tem de ver se dá para fazer o encontro em posições consensuais."
Dilma reconheceu que a campanha eleitoral acirra os ânimos, mas ressaltou que, agora, "nossa função é mudar o ritmo da discussão".
"(A campanha eleitoral) É uma discussão que acirra ânimos, até porque você tem de mostrar as diferenças (dos projetos) e, ao mostrar as diferenças, você ressalta mais o que é diferente do que é possivelmente comum", observou.
"Nós agora temos de fazer a trajetória inversa, isso ocorre em qualquer democracia madura do mundo."
Diálogo
A presidente defendeu ainda o diálogo com todos os setores, os movimentos sociais e centrais sindicais. Segundo ela, a diversidade brasileira está retratada no Congresso Nacional.
"O Congresso é o local de diálogo. O espaço de articulação política é o Congresso Nacional. É lá que se dá a relação do governo com os partidos", frisou.