Brasil

Governo lança plano para evitar caos aéreo

Governo vai reforçar em 77 % as equipes dos órgãos públicos que atuam nos aeroportos brasileiros nas cidades em que será disputada a Copa das Confederações


	Aeroportos: ainda neste ano, o governo pretende leiloar as concessões dos aeroportos do Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte).
 (Valter Campanato/ABr)

Aeroportos: ainda neste ano, o governo pretende leiloar as concessões dos aeroportos do Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte). (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 19h26.

Brasília - O governo vai reforçar em 77 %, em média, as equipes dos órgãos públicos que atuam nos aeroportos brasileiros nas cidades em que será disputada a Copa das Confederações, de acordo com o plano do setor aéreo para o torneio divulgado nesta quinta-feira.

Entre outras medidas apresentadas para evitar problemas nos aeroportos durante a competição, que será disputada de 15 a 30 de junho, estão a criação de um centro de comando no Rio de Janeiro, regras para funcionamento do espaço aéreo, exercícios simulados de recepção dos diferentes públicos e estacionamento extra de aeronaves.

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, disse que a Copa das Confederações, para a qual são esperados 335 mil torcedores, será um teste para a Copa do Mundo de 2014 e a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá em julho deste ano, no Rio, com a presença do papa Francisco.

"É um treinamento para a Copa do Mundo, que terá uma expressão muito maior. A mesma filosofia da Fifa, que é fazer este evento, com um ano de antecedência, para testar estádio, mobilidade, esquema", afirmou Moreira Franco em entrevista coletiva.

"(O objetivo) é que nos preparemos no detalhe, para com isso garantir que não haja surpresas." A maior demanda ocorrerá nos aeroportos do Rio de Janeiro, que devem receber cerca de 47 mil passageiros para a final da Copa das Confederações.

Além do reforço de pessoal nos aeroportos fluminenses (Galeão e Santos Dumont), os órgãos públicos para os serviços e segurança serão aumentados nas outras cinco cidades que receberão partidas do torneio, como Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife, além de São Paulo, que está fora da competição.

Durante a competição, a Força Aérea Brasileira (FAB) criará áreas de exclusão (reservada, restrita ou proibida) em determinadas porções do espaço aéreo brasileiro com tamanhos e acessos de níveis diferentes. O período de vigência das restrições será compreendido entre uma hora antes e quatro horas depois do início dos jogos da Copa das Confederações.

Desde que o Brasil foi escolhido para sediar grandes eventos esportivos, a Fifa tem manifestado preocupação com o setor aéreo, uma vez que o crescimento da demanda por aviação nos últimos anos revelou um gargalo na infraestrutura aeroportuária do país.


Para resolver o problema, o governo apostou no aumento de investimento da Infraero, que administra os aeroportos, e na concessão à iniciativa privada de alguns dos principais terminais. Os aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (Campinas/SP) foram licitados no ano passado para empresas privadas, que têm obrigações de aumentar a infraestrutura a ser entregue até a Copa do Mundo.

Ainda neste ano, o governo pretende leiloar as concessões dos aeroportos do Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte).

Questionado sobre a fama do "caos aéreo" no Brasil, o ministro disse que está "trabalhando" para evitar isso, citando planos de contingência, integração entre os governos estaduais e municipais, criação da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), obras em vários aeroportos brasileiros e concessões que serão lançadas em setembro para os aeroportos de Galeão e Confins.

"É um esforço não só para melhorar a qualidade destes eventos, mas, sobretudo, para atender o usuário brasileiro", finalizou o ministro.

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