Bets: nova ferramenta do governo permite que usuários bloqueiem o próprio acesso e deixem de receber publicidade das plataformas. ( Bruno Peres/Agência Brasil)
Repórter
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 12h07.
O governo federal apresentou uma nova ferramenta para que apostadores possam bloquear o próprio acesso a plataformas de apostas esportivas e jogos online.
A medida, anunciada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), integra o pacote de medidas voltado à regulação do setor e ao fortalecimento das políticas públicas de saúde mental.
A autoexclusão funciona dentro do site da SPA e exige login com conta GOV.BR de nível prata ou ouro.
A partir daí, o usuário escolhe o período em que deseja ficar impedido de apostar: 1, 3, 6 ou 12 meses — ou ainda prazo indeterminado.
Uma vez ativado, o bloqueio impede que o usuário realize apostas e veta o envio de publicidade direcionada por plataformas autorizadas.
A SPA afirma que o processo foi desenhado para ser simples, mas envolver etapas que reforçam a decisão consciente:
Segundo o governo, o passo a passo garante que o pedido seja voluntário e devidamente registrado.
A autoexclusão faz parte do Plano de Ação Integrado que articula Fazenda, Saúde, Esporte e Secom. O pacote inclui autoteste de saúde, capacitação da Rede de Atenção Psicossocial e a criação de protocolos específicos para atendimento em saúde mental.
O objetivo central, segundo o governo, é reduzir danos e ampliar a rede de apoio para pessoas afetadas por comportamentos de risco associados às apostas.
Na terça-feira, 2, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, por 21 votos a 1, o projeto que eleva as alíquotas cobradas de casas de apostas online e fintechs. Como a decisão foi terminativa, o texto segue direto para a Câmara.
Veja os principais pontos:
O projeto também prevê que Estados, DF e municípios recebam de 3% a 6% da arrecadação adicional das bets entre 2026 e 2028, como forma de compensar perdas com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Além disso, sociedades de crédito, financiamento, investimentos e empresas de capitalização terão aumento de alíquota para 17,5% até 2027, chegando a 20% a partir de 2028. O texto também eleva os Juros sobre Capital Próprio de 15% para 17,5%.