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Governo estimulará ida de médicos ao Norte e Nordeste

Medida será adotada para driblar a dificuldade de cidades mais distantes

Médicos analisando paciente em São Paulo: governo quer os profissionais em cidades mais distantes  (.)

Médicos analisando paciente em São Paulo: governo quer os profissionais em cidades mais distantes (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Brasília - O governo vai criar uma Força Nacional de Saúde para enviar médicos, enfermeiros e dentistas a pontos distantes do País. A medida será adotada para driblar a dificuldade de cidades, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste, de recrutar profissionais, mesmo ofertando altos salários. O Ministério da Saúde estima que cerca de 500 municípios do País não têm médicos que residem na própria cidade.

"Profissionais resistem em aceitar propostas de emprego por vários motivos, como o medo de que haja muita pressão política durante exercício da profissão", afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde, Francisco Campos. O secretário aponta também o receio de que, em locais distantes, a infraestrutura seja precária. "Mas o principal é o medo de ficar estagnado, sem condições de fazer reciclagem profissional", completou.

Um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Saúde em julho tem até o mês que vem para desenhar o formato final da carreira do Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira reunião do grupo deve ocorrer hoje. As linhas gerais do projeto estão traçadas. Campos diz que profissionais serão contratados via seleção pública, por regime da CLT. A ideia é que haja uma rotatividade entre as cidades cadastradas, em sistema semelhante ao que ocorre com carreiras jurídicas. A periodicidade das transferências e os critérios para as remoções serão definidos pelo grupo de trabalho.

"A intenção é criar uma carreira atrativa. Além de bons salários profissionais teriam garantia, por exemplo, de participar de cursos de reciclagem." Os salários dos profissionais será pago pelo Ministério da Saúde, mas o dinheiro será descontado dos repasses que rotineiramente são feitos para municípios. Os salários ofertados atualmente, de acordo com Campos, chegam a R$ 20 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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