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Governo é derrotado em primeiro teste do impeachment

O governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma na Câmara

Plenário da Câmara dos Deputados: governo precisa de 171 votos no plenário da Câmara para barrar a abertura de um processo de impeachment (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 19h32.

Brasília - O governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados , com a derrota nesta terça-feira da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.

Em votação tumultuada, que teve bate-boca entre parlamentares e até urnas quebradas, a chapa apoiada pela oposição teve 272 votos, contra 199 da chapa governista.

Com o anúncio do resultado, deputados contrários ao governo Dilma cantaram o Hino Nacional, enquanto seguravam uma bandeira nacional.

Parlamentares governistas, por sua vez, viram uma série de ilegalidades e uma "armação política" na votação e, com o anúncio de que a votação seria secreta, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pode anular a eleição. Uma fonte ligada à base aliada afirmou que, com a confirmação de votação secreta, os governistas já esperavam a derrota.

"Essa vitória que a oposição obteve, construída com mudanças de regras que permitiram o tal famigerado voto secreto, é uma vitória que não atinge os objetivos da oposição... É uma vitória de Pirro, porque, sem qualquer movimento, proibidos até das nossas falas, nós obtivemos 199 votos aqui no plenário", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

"Esperamos que o Supremo corrija essas ilegalidades que foram cometidas", acrescentou.

O governo precisa de 171 votos no plenário da Câmara para barrar a abertura de um processo de impeachment.

Com o resultado da eleição, e se o recurso de governistas no STF fracassar, a comissão especial responsável por elaborar um parecer sobre a abertura de um processo de impeachment terá entre seus membros integrantes de partidos da base governista, como o PMDB, dissidentes e que contribuíram para a formação de uma chapa alternativa à defendida pelo governo.

"Essa chapa expressou o sentimento da nação", disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), que avaliou que, mais que uma amostra da força da oposição, o resultado "demonstra a fragilidade do governo".

"Hoje somos mais de 270 (deputados) a demonstrar a indignação para com esse governo corrupto e mentiroso", disparou.

Na quarta-feira, a Câmara ainda terá de realizar uma eleição suplementar para chegar a 65 membros da comissão especial.

O parecer que será aprovado na comissão especial, seja favorável ou contrário ao processo de impeachment, terá de passar pelo plenário da Câmara.

Caso 342 deputados votem em plenário pela abertura de processo de impeachment contra Dilma, a presidente será afastada por 180 dias do cargo, assumindo seu vice, Michel Temer. Neste prazo, o Senado terá de julgar a petista e decidir se ela deixa ou não o cargo definitivamente.

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Brasília - O governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados , com a derrota nesta terça-feira da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.

Em votação tumultuada, que teve bate-boca entre parlamentares e até urnas quebradas, a chapa apoiada pela oposição teve 272 votos, contra 199 da chapa governista.

Com o anúncio do resultado, deputados contrários ao governo Dilma cantaram o Hino Nacional, enquanto seguravam uma bandeira nacional.

Parlamentares governistas, por sua vez, viram uma série de ilegalidades e uma "armação política" na votação e, com o anúncio de que a votação seria secreta, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pode anular a eleição. Uma fonte ligada à base aliada afirmou que, com a confirmação de votação secreta, os governistas já esperavam a derrota.

"Essa vitória que a oposição obteve, construída com mudanças de regras que permitiram o tal famigerado voto secreto, é uma vitória que não atinge os objetivos da oposição... É uma vitória de Pirro, porque, sem qualquer movimento, proibidos até das nossas falas, nós obtivemos 199 votos aqui no plenário", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

"Esperamos que o Supremo corrija essas ilegalidades que foram cometidas", acrescentou.

O governo precisa de 171 votos no plenário da Câmara para barrar a abertura de um processo de impeachment.

Com o resultado da eleição, e se o recurso de governistas no STF fracassar, a comissão especial responsável por elaborar um parecer sobre a abertura de um processo de impeachment terá entre seus membros integrantes de partidos da base governista, como o PMDB, dissidentes e que contribuíram para a formação de uma chapa alternativa à defendida pelo governo.

"Essa chapa expressou o sentimento da nação", disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), que avaliou que, mais que uma amostra da força da oposição, o resultado "demonstra a fragilidade do governo".

"Hoje somos mais de 270 (deputados) a demonstrar a indignação para com esse governo corrupto e mentiroso", disparou.

Na quarta-feira, a Câmara ainda terá de realizar uma eleição suplementar para chegar a 65 membros da comissão especial.

O parecer que será aprovado na comissão especial, seja favorável ou contrário ao processo de impeachment, terá de passar pelo plenário da Câmara.

Caso 342 deputados votem em plenário pela abertura de processo de impeachment contra Dilma, a presidente será afastada por 180 dias do cargo, assumindo seu vice, Michel Temer. Neste prazo, o Senado terá de julgar a petista e decidir se ela deixa ou não o cargo definitivamente.

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