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Governo do Rio averiguará excessos de policiais

Cabral assegurou que a Polícia se viu obrigada a agir quando grupos de manifestantes aproveitaram o protesto para realizar ataques de vandalismo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 16h53.

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral, disse nesta sexta-feira que o Governo regional averiguará os possíveis excessos da Polícia na repressão aos manifestantes que ocuparam na noite de quinta-feira o centro da cidade.

Cabral assegurou em entrevista coletiva que a Polícia se viu obrigada a agir quando grupos de manifestantes, que qualificou como minoritários, aproveitaram o protesto para realizar ataques de vandalismo que provocaram grandes danos à cidade.

O protesto que reuniu cerca de 300 mil pessoas no Rio de Janeiro degenerou em um confronto entre pequenos grupos de manifestantes e policiais que deixou 62 feridos, dez detidos e rastros de destruição no centro da cidade.

"Não vamos proteger a Polícia nem proteger os vândalos", disse Cabral ao se referir às investigações que serão abertas.

"Os procedimentos (de atuação da Polícia) devem ser revistos e os excessos verificados. Quem cometeu excessos têm que ser castigado de ambos os lados", acrescentou.

Alguns manifestantes, dispersados pela Polícia com gás lacrimogêneo, se dirigiram em direção a diferentes locais do centro e em seu caminho destruíram cones de rua, bens públicos, ônibus e agências bancárias, assim como acenderam fogueiras em lixeiras com as quais tentaram bloquear as vias.


Segundo diferentes denúncias, na perseguição a esses grupos, a Polícia agrediu pessoas alheias aos ataques; cercou uma faculdade na qual dezenas de pessoas tinham se refugiado e lançou gás lacrimogêneo no bairro da Lapa, que concentra vários bares e cujos clientes tiveram que sair fugindo.

"A Polícia agiu como considerou que era a melhor forma de agir. O Estado foi obrigado a atuar em momentos em que aconteceu um radicalismo e muitas coisas injustas aconteceram, inclusive com jornalistas", admitiu o governador, ao citar um câmera ferido por uma bala de borracha.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que todas as imagens dos conflitos serão analisadas para determinar se houve excessos policiais.

"Uma vês identificada a ação, será aberta uma investigação para determinar se efetivamente houve excesso. Se o excesso for caracterizado, sem dúvida nenhuma que haverá punições", segundo Beltrame.

Cabral repetiu o discurso feito poucas horas antes pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e elogiou o caráter democrático das manifestações, mas condenou os atos de vandalismo que comprometem as reivindicações dos protestos. "Não se pode permitir que uma minoria desgaste um movimento tão lindo", disse.

O governador acrescentou que, apesar dos incidentes, o Rio tem as condições de garantir a segurança dos eventos dos quais será sede, como a Copa do Mundo do próximo ano e os Jogos Olímpicos de 2016.

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Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral, disse nesta sexta-feira que o Governo regional averiguará os possíveis excessos da Polícia na repressão aos manifestantes que ocuparam na noite de quinta-feira o centro da cidade.

Cabral assegurou em entrevista coletiva que a Polícia se viu obrigada a agir quando grupos de manifestantes, que qualificou como minoritários, aproveitaram o protesto para realizar ataques de vandalismo que provocaram grandes danos à cidade.

O protesto que reuniu cerca de 300 mil pessoas no Rio de Janeiro degenerou em um confronto entre pequenos grupos de manifestantes e policiais que deixou 62 feridos, dez detidos e rastros de destruição no centro da cidade.

"Não vamos proteger a Polícia nem proteger os vândalos", disse Cabral ao se referir às investigações que serão abertas.

"Os procedimentos (de atuação da Polícia) devem ser revistos e os excessos verificados. Quem cometeu excessos têm que ser castigado de ambos os lados", acrescentou.

Alguns manifestantes, dispersados pela Polícia com gás lacrimogêneo, se dirigiram em direção a diferentes locais do centro e em seu caminho destruíram cones de rua, bens públicos, ônibus e agências bancárias, assim como acenderam fogueiras em lixeiras com as quais tentaram bloquear as vias.


Segundo diferentes denúncias, na perseguição a esses grupos, a Polícia agrediu pessoas alheias aos ataques; cercou uma faculdade na qual dezenas de pessoas tinham se refugiado e lançou gás lacrimogêneo no bairro da Lapa, que concentra vários bares e cujos clientes tiveram que sair fugindo.

"A Polícia agiu como considerou que era a melhor forma de agir. O Estado foi obrigado a atuar em momentos em que aconteceu um radicalismo e muitas coisas injustas aconteceram, inclusive com jornalistas", admitiu o governador, ao citar um câmera ferido por uma bala de borracha.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que todas as imagens dos conflitos serão analisadas para determinar se houve excessos policiais.

"Uma vês identificada a ação, será aberta uma investigação para determinar se efetivamente houve excesso. Se o excesso for caracterizado, sem dúvida nenhuma que haverá punições", segundo Beltrame.

Cabral repetiu o discurso feito poucas horas antes pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e elogiou o caráter democrático das manifestações, mas condenou os atos de vandalismo que comprometem as reivindicações dos protestos. "Não se pode permitir que uma minoria desgaste um movimento tão lindo", disse.

O governador acrescentou que, apesar dos incidentes, o Rio tem as condições de garantir a segurança dos eventos dos quais será sede, como a Copa do Mundo do próximo ano e os Jogos Olímpicos de 2016.

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