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Governo deve ser mais produtivo neste ano

Bom momento econômico e mais espaço para os aliados deve facilitar a tramitação de projetos do governo no Congresso, segundo a Tendências Consultoria

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 15h07.

O governo tem condições de aumentar o número de projetos aprovados no Congresso neste ano, após um 2004 de poucas aprovações relevantes. O bom momento econômico e a elevada popularidade do governo Lula devem conter as resistências parlamentares e facilitar as negociações em torno das propostas de interesse da presidência da República. A avaliação é da Tendências Consultoria. "Em comparação com 2004, achamos que este ano será mais produtivo, um feito que não deve ser muito difícil de ser atingido", diz a consultoria.

A Tendências lembra que a quantidade de leis importantes aprovadas pelo governo, no ano passado, foi comprometida por problemas políticos e de calendário. No primeiro semestre, o Congresso foi praticamente paralisado pelo escândalo Waldomiro Diniz, o ex-assessor do ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, acusado de pedir dinheiro para campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) e para si próprio. Já a segunda metade do ano foi prejudicada pelas eleições municipais. O saldo foi a lentidão no andamento das matérias e a aprovação de poucos itens relevantes, como a reforma do Judiciário, da nova Lei de Falências e das Parcerias Público-Privadas.

Para a Tendências, de imediato, 2005 será um ano mais produtivo para o governo pelo simples fato de que é improvável que se repita essa conjunção de fatores adversos, como uma crise política e disputas decorrentes de eleições.

O último fator que ajudará Lula é a reforma ministerial, que deve ser anunciada até o final do mês. O governo vem sinalizando que o novo gabinete terá mais espaço para os aliados, deixando o alto escalão mais próximo da coalizão.

O maior desafio para o Planalto, neste ano, será reduzir os atritos regionais com os aliados. As lideranças de cada estado já começam a se preocupar com as eleições para governador em 2006, o que pode comprometer a formação de um amplo leque de apoio a Lula, no caso de uma candidatura do presidente à reeleição.

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