Brasil

Governo deve definir sobre Imposto do aço em 15 dias

Monteiro afirmou ainda que a presidente Dilma determinou que a cadeia produtiva consumidora de aço seja ouvida antes de uma definição


	Operários organizam aço em fábrica: Segundo Armando Monteiro, em todo o mundo estão sendo adotadas medidas de proteção aos mercados locais
 (Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg News)

Operários organizam aço em fábrica: Segundo Armando Monteiro, em todo o mundo estão sendo adotadas medidas de proteção aos mercados locais (Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 15h16.

Rio - O governo deverá apresentar em até 15 dias uma definição sobre um aumento da alíquota do Imposto de Importação do aço.

Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, em todo o mundo estão sendo adotadas medidas de proteção aos mercados locais de aço e o governo estuda adotar alguma medida.

De acordo com ele, no entanto, a cadeia produtiva deve ser consultada antes de uma decisão.

"Ontem (quarta-feira, 25), houve uma reunião do setor com a presidente Dilma Rousseff e a orientação é no sentido de que, em no máximo 15 dias, vamos oferecer uma posição oficial do governo", afirmou Monteiro, durante evento do Instituto Aço Brasil nesta quinta-feira 26.

"O governo está estudando. No mundo inteiro, devido a dificuldades do setor siderúrgico, há uma multiplicação de medidas de defesa comercial adotada por diferentes países para proteger os mercados domésticos, seja de salvaguarda, antidumping. O Brasil não pode deixar de ter um olhar (para isso)", completou.

Monteiro afirmou ainda que a presidente Dilma determinou que a cadeia produtiva consumidora de aço seja ouvida antes de uma definição sobre as medidas que serão adotadas.

O ministro também disse que o governo avalia prorrogar a suspensão do Reintegra devido ao "quadro fiscal". A previsão era de que a suspensão terminasse em 2017.

"Um quadro fiscal difícil justificou a suspensão do Reintegra por dois anos. Como o quadro ainda é difícil, a perspectiva de volta não é razoável, não é realista", afirmou.

Comércio exterior

O país deve fechar o ano com um saldo de US$ 15 bilhões na balança comercial, segundo estimativa de Monteiro. Segundo ele, para o próximo ano a previsão é dobrar o superávit comercial.

"Não fosse a queda das commodities, o superávit alcançaria mais de US$ 35 bilhões. Vou ficar na estimativa de US$ 15 bilhões e a maior parte dos analistas indica que podemos dobrar esse volume no próximo ano", avaliou o ministro no evento.

"Saímos de um déficit de US$ 4 bilhões para um superávit de entre US$ 15 bilhões e 16 bilhões. E um ganho no ano de US$ 20 bilhões para investir em financiamento. Agora, o comércio global está desacelerando e isso afeta as exportações", completou.

Monteiro considerou a estimativa "positiva". "Com essa diferença na balança comercial o déficit em conta corrente vai cair a 3,4%. Isso significa que o País terá déficit financiado com recursos do financiamento direto, não vai gastar reservas para pagar o déficit", completou.

Acompanhe tudo sobre:ComércioImportaçõesComércio exterioraco

Mais de Brasil

Perícia da PF sobre exames de Bolsonaro será enviada ao STF na próxima semana

Vieira afirma que bancada do MDB no Senado se manifestará contra PL da Dosimetria

STF determina que empregador e INSS paguem benefício a vítimas de violência doméstica

Sob risco em SP, Enel já saiu de Goiás após pressão por resultados ruins