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Governo deve decidir nesta semana sobre retomar ou não o horário de verão

Mecanismo pode ajudar a reduzir a demanda de energia ao final da tarde, momento crítico no sistema elétrico porque há redução de fontes intermitentes, como eólica e solar

Agência o Globo
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Publicado em 14 de outubro de 2024 às 06h32.

Última atualização em 14 de outubro de 2024 às 06h58.

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O governo decidirá nesta semana se haverá horário de verão neste ano, uma recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para dar uma folga no fornecimento de energia. O assunto será discutido em uma reunião com o presidente Lula na próxima terça-feira, 15.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o período mais relevante para a aplicação do horário de verão é de 15 de outubro a 30 de novembro.

O presidente Lula já decidiu que o horário especial não volta antes do segundo turno das eleições, marcado para o dia 27.

"O horário de verão a importância maior dele é entre 15 de outubro e 30 de novembro. Não que ele não tenha depois, mas ele vai diminuindo a curva de importância dele", afirmou o ministro na semana passada.

Silveira disse que, após uma eventual decisão a favor do horário de verão, é preciso um prazo mínimo de 20 dias para implementar a medida.

O ministro Alexandre Silveira, chegou a defender que a mudança poderia ajudar o sistema em um "momento realmente crítico" na geração causado pela seca, que se soma ao calor e o aumento do consumo nos horários de pico — que hoje ocorrem no meio da tarde.

O início da época de chuvas em outubro, além da pressão do setor aéreo e de parte da indústria esfriaram as discussões sobre a volta do horário de verão, no Ministério de Minas e Energia.

Como forma de compensação, a pasta de Alexandre Silveira pediu estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre alternativas para compensar o que seria a economia causada pelo horário diferenciado, estimado em R$ 400 milhões. Desde 2019 o horário de verão não é adotado no Brasil.

Entre as alternativas avaliadas estão buscar termelétricas mais baratas (embora isso seja um cálculo feito de acordo com o preço dos combustíveis) e ampliar o uso de linhas de transmissão de Itaipu.

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