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Governo descarta possível racionamento de energia em 2015

Fornecimento está ameaçado em diversas regiões devido à falta de água que atinge alguns estados


	Apesar da seca que atinge diversas regiões do país, governo descarta possibilidade de racionamento de energia para 2015
 (Nacho Doce/Reuters)

Apesar da seca que atinge diversas regiões do país, governo descarta possibilidade de racionamento de energia para 2015 (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 14h54.

Brasília - O governo negou nesta quinta-feira que no próximo ano o país possa sofrer algum tipo de racionamento de energia, cujo fornecimento está ameaçado em diversas regiões devido à falta de água que atinge alguns estados.

"Podem calcular os riscos que queiram, mas estejam muito seguros de que não haverá racionamento", declarou o vice-ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, em um encontro com empresários do setor elétrico, preocupados com o impacto da seca.

Zimmermann explicou que neste mesmo mês começa um novo período de chuvas que ajudará a recuperar os níveis dos reservatórios e afastará os temores sobre possíveis racionamentos ou apatia no país.

A situação é mais crítica no estado de São Paulo, que devido à escassez de chuvas atravessa há mais de um mês a pior crise hídrica da história nessa região.

O Brasil tem cerca de 75% da energia gerada em represas hidrelétricas, o que agravou o impacto da seca e a escassez de chuvas que foi registrada durante os últimos meses em diversos setores do país.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), organismo do governo responsável pela geração de energia, as chuvas esperadas para os próximos meses ajudarão a recuperar o nível dos açudes, que estarão cheios entre 30 % e 35 % para abril de 2015.

Nesse momento, as chuvas cessarão, mas segundo o diretor do ONS, Hermes Chipp, esse nível bastará para garantir o fornecimento até o fim do próximo ano, quando começará um novo período chuvoso.

Embora ainda não haja riscos para a provisão de eletricidade, as autoridades de São Paulo começaram a adotar medidas para tentar minimizar a falta de água que a população sofre em várias zonas desse estado.

O governador Geraldo Alckmin anunciou na quarta-feira que a partir de 2016 as represas dessa região serão abastecidas com água tratada e previamente utilizada pela população, com a meta de depender menos das chuvas.

Nesse marco, disse que será construída uma Estação de Produção de Água de Reutilização, que gerará dois metros cúbicos de água por segundo no reservatório de Guarapiranga, que abastece a 4,9 milhões de pessoas na capital paulista e está atualmente em níveis críticos.

A água será tratada duas vezes e devolvida posteriormente ao Guarapiranga com "economia e qualidade", afirmou Alckmin.

O governo regional também anunciou a construção de 29 novos reservatórios que ampliarão a capacidade de armazenamento de água em 10% na região metropolitana de São Paulo.

A chegada das chuvas este mês também começou a ajudar às autoridades, embora ainda não bastou para que o serviço de água se estabilize totalmente.

Segundo relatórios meteorológicos, nos primeiros cinco dias de novembro, a região metropolitana de São Paulo recebeu 43,2 milímetros de chuva, uma quantidade que supera os 42,5 milímetros de todo o mês de outubro.

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