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Governo de SP promete alfabetizar 90% das crianças com 7 anos até 2026

Secretário de Educação afirmou que será dado apoio técnico e pedagógico para que a meta seja alcançada

Escolas em São Paulo: governo pretende alfabetizar 90% das crianças com 7 anos de idade até 2026 (arquivo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 16h39.

O governo do Estado de São Paulo lançou nesta terça-feira, 20, o programa Alfabetiza Juntos SP com a promessa de alfabetizar 90% das crianças com 7 anos de idade até 2026, quando termina a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"A meta é chegar a 90% de fluência leitora até o fim da gestão. Esse é o grande objetivo. Não vamos poupar esforços. A gente tem muitos projetos. A gente quer estar junto, mas com ações práticas de apoio. Estado e municípios juntos pela alfabetização na idade certa", afirma Renato Feder, secretário da Educação do Estado de São Paulo.

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Segundo ele, será dado apoio técnico e pedagógico para que a meta seja alcançada. "A gente quer estar perto. A gente dedicou já centenas de funcionários da secretaria e das diretorias de ensino para detalhar todo o projeto", reforçou ele.

O decreto foi assinado pelo governador e também pelo secretário da Educação, durante solenidade que apresentou o programa nesta terça-feira.

"Nós acreditamos na alfabetização na idade certa. Vamos dar um avanço nesse quesito. E a gente sabe que isso vai ser ‘combustível’ para que nossos alunos cheguem lá na frente muito mais preparados. Que possam ganhar muito mais ferramentas", disse o governador de São Paulo.

Cinco eixos do Alfabetiza Juntos SP

"Todos os municípios fizeram o Saresp no fim do ano. E esse Saresp dá uma nota de 0 a 10. E no fim deste ano tem Saresp novamente. Então, vamos pegar o município, por exemplo, que tirou nota 5 e vamos estudar o município, suas condições socioeconômicas e suas complexidades e vamos dar uma meta, por exemplo, 5.6. Cada escola que bater a meta, se tiver 500 alunos na escola, vai receber R$ 50 mil. Então, a regra é R$ 100 por aluno, se a escola bater a meta", explicou o secretário da Educação.

Avaliação de Fluência Leitora

Até 8 de dezembro do ano passado, São Paulo avaliou a fluência leitora de crianças do 2º ano do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais de São Paulo de 600 municípios paulistas.

Ainda em dezembro, o resultado apontou que 64% dos alunos com até 7 anos eram leitores. Outros 36% foram classificados como pré-leitores. Foi a segunda edição da prova em 2023.

"Esses 36% não aprenderam a ler quando já deveriam terminar o ano aprendendo a ler. Esses alunos já começam com uma desvantagem. Eles têm entre 7 e 8 anos, mas já ficaram para trás. A defasagem vira uma bola de neve. Por isso, a gente precisa endereçar como política pública a alfabetização", disse Feder, ainda durante a solenidade desta terça-feira.

A medida, segundo o governo estadual, avalia se crianças com 7 anos de idade já dominam a leitura. A avaliação visa garantir a alfabetização dos pequenos e melhorar os resultados educacionais.

A Avaliação de Fluência Leitora analisa o desempenho individual dos alunos na leitura e compreensão de textos escritos. As crianças precisam mostrar habilidade, fluidez e ritmo de leitura para serem consideradas leitoras fluentes. Na avaliação, os alunos que conseguem ler entre 45 e 60 palavras corretamente por minuto já são considerados leitores fluentes.

Até o fim do ano passado, nem todos os municípios tinham aderido à iniciativa.

Conforme o governo estadual, a avaliação será expandida em 2024. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo disse, na ocasião, que prevê três aplicações do exame: no começo das aulas entre junho e agosto, e no fim do ano.

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