Ria 25 de Março, no centro da capital paulista. (Germano Lüders/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 12h47.
Desde o dia 25 de janeiro o estado de São Paulo está em uma fase mais restrita da quarentena em que bares, restaurantes e shoppings precisam fechar à noite e aos finais de semana. E o governo paulista definiu que vai reavaliar as medidas de restrição no dia 5 de fevereiro, sexta-feira da próxima semana. A nova quarentena vai entrar em vigor a partir do dia 8 de fevereiro.
Ainda não houve impacto significativo na diminuição na média de novos casos, mortes e internações por covid-19 em decorrência dessas restrições. Especialistas em saúde dizem que a resposta é percebida em até 14 dias, por conta do tempo de incubação do coronavírus.
Desde a última reclassificação da quarentena, a taxa de internações em UTI na Grande São Paulo caiu de 71% para 70%. A média diária de novas internações, considerando enfermaria e UTI, passou de 850 para 792. Em todo estado de São Paulo a taxa de ocupação está em 70%.
Diferentemente do início da pandemia, quando a capital paulista tinha o maior número de novos casos, agora, o interior é onde a covid-19 se espalha mais.
“O interior tem 50% da população do estado e 70% dos casos. E dentro disso, a região de Bauru é a que tem a maior ocupação de leitos de UTI [86%]. A nossa preocupação com a região é de forma muito intensa”, disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, em entrevista coletiva na quarta-feira, 27.
Em todo o estado, durante a semana, das 20 horas até as 6 horas somente serviços essenciais podem funcionar, como mercados, farmácias e postos de gasolina. Aos finais de semana, shoppings, bares e restaurantes precisam ficar fechados, assim como os parques.
Durante o horário comercial, ficam em vigor as regras locais, por região. A Grande São Paulo, por exemplo, está na fase 2 laranja, em uma escala que vai de 1 vermelha - a mais restrita - até a 5 azul. Na fase 2 laranja, o comércio pode funcionar com capacidade reduzida, de 40% (veja as regras abaixo). A volta às aulas, que estava prevista para fevereiro, foi adiada.