Lula: base aliada é fundamental para a aprovação de projetos. (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Reporter colaborador, em Brasília
Publicado em 10 de maio de 2023 às 06h13.
O Planalto marcou, para esta quarta-feira, 10, as primeiras reuniões com lideranças de partidos da base aliada, a fim de cobrar compromisso nas votações no Congresso Nacional. As conversas têm início após o governo sofrer derrota na votação que derrubou trechos de decretos editados pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que flexibilizavam regras do marco do saneamento.
Os primeiros encontros serão com PSD, que comanda três ministérios no governo atual, e o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda três pastas. As reuniões serão separadas e terão as presenças dos líderes na Câmara e dos ministros filiados a cada sigla. Na próxima semana também devem ser chamadas as lideranças do MDB e do União Brasil para conversar — esses partidos também comandam três ministérios cada.
Do Planalto, participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Rui foi chamado para explicar questões jurídicas e burocráticas envolvendo a liberação de cargos e emendas.
A reclamação de parlamentares — e até de integrantes da própria Secretaria de Relações Institucionais do governo — é de que a Casa Civil tem demorado muito a nomear os apadrinhados da base aliada. Como mostrou a EXAME, mesmo deputados do partido do presidente avaliam que a demora nas nomeações e os repasses das emendas parlamentares têm prejudicado o diálogo do governo com o Congresso.