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Governo avalia reclassificar covid-19 no Brasil para endemia

Critérios, contudo, não estão definidos. Queiroga afirma que é necessário avaliar o cenário epidemiológico

Rua 25 de março, no centro de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Rua 25 de março, no centro de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 21h11.

O Ministério da Saúde estuda deixar de classificar a Covid-19 como uma pandemia para tratá-la como endemia. Os critérios para esse rebaixamento, no entanto, ainda não estão fechados. Por isso, não há previsão de data até o momento para a medida entrar em vigor. As declarações foram dadas pelo ministro Marcelo Queiroga nesta terça-feira.

Para o cardiologista, a mudança deve atender ao cenário epidemiológico, que deve ser analisado. A avaliação vem um dia após o reino Unido anunciar o fim de todas as restrições sanitárias contra o coronavírus. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a considerar a Covid-19 uma doença pandêmica.

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— Isso depende do cenário epidemiológico. Nós já assistimos a alguns países fazendo isso. É uma tendência no mundo e o Brasil já estuda esse tipo de iniciativa — afirmou em conversa com jornalistas.

Endemia é uma doença frequente em determinada região, mas não há aumento significativo de casos e, por isso, a população convive com a enfermidade. Pode ou não ser sazonal, isto é, quando se torna mais frequente em certas épocas do ano. É o caso da gripe, que gera mais infecções durante o inverno no Brasil.

Já a pandemia se refere ao espalhamento de uma doença, de forma descontrolada, pelo mundo. Não engloba critérios de gravidade, mas de extensão geográfica. Assim como a Covid-19 é hoje, a gripe suína já foi considerada uma pandemia de 2009 a 2010.

Nesse cenário, Queiroga pondera que a mudança pode impactar em questões como a autorização emergencial para vacinas — caso da CoronaVac e da Janssen — e medicamentos contra a Covid-19.

— Naturalmente, tem o aspecto formal de uma portaria do Ministério da Saúde, de um decreto do presidente... Mas precisa ser analisado o impacto regulatório como um todo.

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