Governistas excluem testemunhas para agilizar impeachment
Aliados do presidente provisório conseguiram aprovar a exclusão de 4 testemunhas para acelerar a tramitação do processo de impeachment
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2016 às 19h14.
Brasília - Aliados do presidente em exercício Michel Temer conseguiram aprovar, nesta segunda-feira, 13, o cancelamento de quatro oitivas que seriam realizadas na Comissão Especial do Impeachment .
O objetivo dos governistas é acelerar a tramitação do processo. Com a mudança, dos nove convidados pela acusação que seriam ouvidos entre esta segunda e terça, somente cinco prestarão esclarecimentos ao colegiado.
As testemunhas haviam sido convocadas pela própria acusação, que voltou atrás com a justificativa de que já há evidências suficientes de que a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade. Eles também alegam que alguns depoentes acabam repetindo informações. Apesar dos protestos da defesa, a decisão da maioria foi mantida pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB).
Foram dispensados da reunião de hoje Marcus Pereira Aucélio, ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, e Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento e Finanças. A comissão também dispensou duas testemunhas que haviam sido indicadas por senadores: Marcelo Saintive, ex-secretário do Tesouro Nacional, e Marcelo Amorim, ex-coordenador-geral de Programação Financeira do Tesouro Nacional.
No momento em que a decisão foi tomada, Marcus e Esther aguardavam, em uma sala especial da comissão, sua vez de falar. O resultado provocou um bate-boca entre os senadores e a sessão teve que ser suspensa por alguns minutos. "É um escândalo o que está fazendo. Eles estão fazendo isso porque a estratégia deu errado. Os técnicos do governo na semana passada destruíram a tese da acusação", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que é "absolutamente normal e corriqueiro" a dispensa de uma testemunha na antessala de um julgamento e acusou a defesa de tentar procrastinar os trabalhos. "Vemos que os aliados de Dilma tentam de forma deliberada extrapolar o prazo de 6 meses para que eventualmente Dilma possa reassumir o seu mandato, o que irá aprofundar a crise", afirmou o senador.
Neste momento, os senadores ouvem a primeira das outras duas testemunhas que restaram na pauta do dia. O primeiro a falar é o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Tiago Alves de Gouveia Lins Dutra. Segundo ele, Dilma é responsável pelas manobras fiscais, as pedaladas fiscais e a emissão de decretos sem a autorização do Legislativo.
Brasília - Aliados do presidente em exercício Michel Temer conseguiram aprovar, nesta segunda-feira, 13, o cancelamento de quatro oitivas que seriam realizadas na Comissão Especial do Impeachment .
O objetivo dos governistas é acelerar a tramitação do processo. Com a mudança, dos nove convidados pela acusação que seriam ouvidos entre esta segunda e terça, somente cinco prestarão esclarecimentos ao colegiado.
As testemunhas haviam sido convocadas pela própria acusação, que voltou atrás com a justificativa de que já há evidências suficientes de que a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade. Eles também alegam que alguns depoentes acabam repetindo informações. Apesar dos protestos da defesa, a decisão da maioria foi mantida pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB).
Foram dispensados da reunião de hoje Marcus Pereira Aucélio, ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, e Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento e Finanças. A comissão também dispensou duas testemunhas que haviam sido indicadas por senadores: Marcelo Saintive, ex-secretário do Tesouro Nacional, e Marcelo Amorim, ex-coordenador-geral de Programação Financeira do Tesouro Nacional.
No momento em que a decisão foi tomada, Marcus e Esther aguardavam, em uma sala especial da comissão, sua vez de falar. O resultado provocou um bate-boca entre os senadores e a sessão teve que ser suspensa por alguns minutos. "É um escândalo o que está fazendo. Eles estão fazendo isso porque a estratégia deu errado. Os técnicos do governo na semana passada destruíram a tese da acusação", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que é "absolutamente normal e corriqueiro" a dispensa de uma testemunha na antessala de um julgamento e acusou a defesa de tentar procrastinar os trabalhos. "Vemos que os aliados de Dilma tentam de forma deliberada extrapolar o prazo de 6 meses para que eventualmente Dilma possa reassumir o seu mandato, o que irá aprofundar a crise", afirmou o senador.
Neste momento, os senadores ouvem a primeira das outras duas testemunhas que restaram na pauta do dia. O primeiro a falar é o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Tiago Alves de Gouveia Lins Dutra. Segundo ele, Dilma é responsável pelas manobras fiscais, as pedaladas fiscais e a emissão de decretos sem a autorização do Legislativo.