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Governadores discutem com Maia e Alcolumbre vacina contra covid-19

Presidentes da Câmara e do Senado se comprometeram a intermediar o diálogo com o presidente Jair Bolsonaro

Presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia se cumprimentam
03/02/2020
REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters Brazil)

Presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia se cumprimentam 03/02/2020 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters Brazil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 20h08.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), conversaram com governadores, nesta terça-feira, 3, sobre as políticas relacionadas à vacinação contra a covid-19. Os líderes de Executivos locais se preocupam com as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que, além de contrário à obrigatoriedade da imunização, disse recentemente que o Brasil não comprará a vacina CoronaVac, feita pela fabricante chinesa Sinovac.

Maia e Alcolumbre se comprometeram a intermediar o diálogo com Bolsonaro e afirmaram que o presidente está aberto a aceitar as vacinas que tiverem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No mês passado, o presidente disse que o país não compraria a CoronaVac, mesmo que fosse autorizada pela agência. Após os encontros desta terça, no entanto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse ter “boa expectativa” em relação ao assunto.

"Se não houver uma coordenação nacional, e se os estados forem estimulados a disputarem entre eles a aquisição de vacinas, todos saem perdendo", afirmou Leite. Os governadores pediram intermediação "no sentido de abrir o diálogo" com Bolsonaro e garantir "que haja a aquisição das vacinas que mais rapidamente forem liberadas para o uso da população”, afirmou. A resposta, segundo Leite, foi positiva. “Eles nos relataram que já têm mantido conversas com o presidente, que percebem sensibilidade dele para avançar nesse tema”, disse.

Antes de se encontrar com Maia, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), defendeu que o país invista na primeira vacina que a Anvisa autorizar. “A primeira que tiver autorização, que tiver aprovação científica, é ela que o Brasil tem que adotar”, afirmou. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, reforçou o entendimento. "Temos interesse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa estejam à disposição da população brasileira o mais rápido possível. Esse é o nosso interesse", disse. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), também participou das conversas. 

Maia tem defendido que Executivo e Legislativo resolvam juntos os impasses a respeito da vacina, para evitar que o Judiciário precise tomar a frente. No último dia 27, o presidente da Câmara afirmou que “não devemos deixar um váculo para que o Supremo decida” sobre o assunto. Na última segunda-feira, 2, ele propôs que o Congresso e o governo federal criem restrições a quem se negar a tomar a vacina contra a covid-19 que venha a ser aprovada pela Anvisa.

A liberação da vacina fabricada pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, tem gerado polêmica e embates entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, desde que o presidente disse que não permitiria a entrada da vacina chinesa no país. O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou que compraria a CoronaVac, mas foi desautorizado por Bolsonaro. A Anvisa autorizou a compra de 6 milhões de doses da vacina chinesa no último dia 23.

 

 

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