Goiânia vive novo dia de protesto e depredação de ônibus
Foi o segundo dia consecutivo de paralisações, protestos e depredação de mais de 20 ônibus da frota que atende a região
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 11h33.
Goiânia - Grande parte da população da Região Metropolitana de Goiânia que depende de ônibus amanheceu nesta sexta-feira, 16, com o serviço comprometido. Foi o segundo dia consecutivo de paralisações, protestos e depredação de mais de 20 ônibus da frota que atende a região.
Na área sul houve bloqueio na principal garagem e isto gerou um efeito cascata pelos terminais, iniciando no terminal Bandeiras. A Polícia Militar informou que já foram detidos quatro manifestantes.
Às 8 horas a Tropa de Choque chegou terminal Bandeiras e, minutos depois, houve correria quando uma bomba de efeito moral foi detonada. As empresas começaram a recolher os veículos para evitar mais danos.
Por volta das 9h30 já estavam parados 6 dos 19 terminais da região, e a população se concentrava próximo deles, revoltada com a situação.
Houve quebra-quebra no interior do terminal Bandeiras com danos em lixeiras, bancos e máquinas automáticas de emissão de bilhetes.
Motoristas insatisfeitos com a negociação salarial que foi concluída no Ministério Público do Trabalho, na quinta, 15, pararam parte do sistema logo depois, em protesto, e repetiram o gesto na manhã de sexta, começando pela área de operação sul, com reflexos em vários pontos.
Em cadeia, o protesto atingiu também os terminais Araguaia, Veiga Jardim, Cruzeiro do Sul, Garavelo, Vila Brasília. Na região Leste e Oeste, o sistema operava pela manhã afetado pela ausência da interligação com estes terminais.
Na quinta, houve tumulto e depredações de ônibus em outro ponto, o terminal Padre Pelágio, o maior do sistema que atende a região Noroeste.
Houve paralisação de quase quatro horas. Pela tarde, o terminal Praça A também parou por aproximadamente 1 hora e 30 minutos. No início da noite, muita gente teve dificuldade para voltar para casa.
Na manhã de hoje, os passageiros da região sudoeste conseguiram sair de casa para o trabalho, mas quando chegaram ao terminal Bandeiras, assistiram os motoristas paralisando os ônibus gradativamente. Com isto, as pessoas ficaram no terminal, sem ter veículos para fazer a integração até o centro e outros pontos da capital e municípios da Grande Goiânia.
Parte dos manifestantes eram os próprios usuários, revoltados com a confusão e por terem sido abandonados no terminal. Do lado de fora, motoristas se mobilizaram, ameaçando impedir o recolhimento dos ônibus em segurança apesar da forte presença policial.
Na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), consórcio que reúne as empresas, a assessoria de Imprensa informou que foram depredados 5 ônibus na quinta e mais 15 hoje, em levantamento preliminar.
Conforme a assessoria, as empresas recolheram a frota na área sul, a mais afetada, e esperam que a PM garanta a segurança dos motoristas que não estão participando do protesto para normalizar o serviço.
Divergência
A insatisfação dos motoristas tem ligações com uma divergência entre dois sindicatos da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Goiás (Sindittransporte) tem o poder de negociar com as empresas e fez acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Passageiros (Setransp) para um reajuste de 7%.
Já o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano da Região Metropolitana de Goiânia (Sindicoletivo) não tem reconhecimento legal e defendia um reajuste de 15%. Os protestos são organizados pelos motoristas ligados ao Sindicoletivo.
O acordo entre o Sindittransporte e o Setransp elevou o salário dos motoristas em R$ 101, passando de R$ 1.445 para R$ 1.546, com R$ 60 a mais para vale-alimentação. Em nota, o Setransp disse que o acordo permitiu um reajuste que, somado com o ticket alimentação, chega a 8,74%.
Em entrevista nesta sexta-feira à TV Record Goiás, o presidente da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC), João Balestra, lamentou o protesto e disse que o Sindicoletivo não representa legalmente a classe por isto não respeitou o acordo coletivo.
Ninguém da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) foi localizado no órgão ou por telefone para informar quais medidas estão sendo adotadas. A CMTC tem a função de fiscalizar e garantir a operação do serviço.
Goiânia - Grande parte da população da Região Metropolitana de Goiânia que depende de ônibus amanheceu nesta sexta-feira, 16, com o serviço comprometido. Foi o segundo dia consecutivo de paralisações, protestos e depredação de mais de 20 ônibus da frota que atende a região.
Na área sul houve bloqueio na principal garagem e isto gerou um efeito cascata pelos terminais, iniciando no terminal Bandeiras. A Polícia Militar informou que já foram detidos quatro manifestantes.
Às 8 horas a Tropa de Choque chegou terminal Bandeiras e, minutos depois, houve correria quando uma bomba de efeito moral foi detonada. As empresas começaram a recolher os veículos para evitar mais danos.
Por volta das 9h30 já estavam parados 6 dos 19 terminais da região, e a população se concentrava próximo deles, revoltada com a situação.
Houve quebra-quebra no interior do terminal Bandeiras com danos em lixeiras, bancos e máquinas automáticas de emissão de bilhetes.
Motoristas insatisfeitos com a negociação salarial que foi concluída no Ministério Público do Trabalho, na quinta, 15, pararam parte do sistema logo depois, em protesto, e repetiram o gesto na manhã de sexta, começando pela área de operação sul, com reflexos em vários pontos.
Em cadeia, o protesto atingiu também os terminais Araguaia, Veiga Jardim, Cruzeiro do Sul, Garavelo, Vila Brasília. Na região Leste e Oeste, o sistema operava pela manhã afetado pela ausência da interligação com estes terminais.
Na quinta, houve tumulto e depredações de ônibus em outro ponto, o terminal Padre Pelágio, o maior do sistema que atende a região Noroeste.
Houve paralisação de quase quatro horas. Pela tarde, o terminal Praça A também parou por aproximadamente 1 hora e 30 minutos. No início da noite, muita gente teve dificuldade para voltar para casa.
Na manhã de hoje, os passageiros da região sudoeste conseguiram sair de casa para o trabalho, mas quando chegaram ao terminal Bandeiras, assistiram os motoristas paralisando os ônibus gradativamente. Com isto, as pessoas ficaram no terminal, sem ter veículos para fazer a integração até o centro e outros pontos da capital e municípios da Grande Goiânia.
Parte dos manifestantes eram os próprios usuários, revoltados com a confusão e por terem sido abandonados no terminal. Do lado de fora, motoristas se mobilizaram, ameaçando impedir o recolhimento dos ônibus em segurança apesar da forte presença policial.
Na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), consórcio que reúne as empresas, a assessoria de Imprensa informou que foram depredados 5 ônibus na quinta e mais 15 hoje, em levantamento preliminar.
Conforme a assessoria, as empresas recolheram a frota na área sul, a mais afetada, e esperam que a PM garanta a segurança dos motoristas que não estão participando do protesto para normalizar o serviço.
Divergência
A insatisfação dos motoristas tem ligações com uma divergência entre dois sindicatos da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Goiás (Sindittransporte) tem o poder de negociar com as empresas e fez acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Passageiros (Setransp) para um reajuste de 7%.
Já o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano da Região Metropolitana de Goiânia (Sindicoletivo) não tem reconhecimento legal e defendia um reajuste de 15%. Os protestos são organizados pelos motoristas ligados ao Sindicoletivo.
O acordo entre o Sindittransporte e o Setransp elevou o salário dos motoristas em R$ 101, passando de R$ 1.445 para R$ 1.546, com R$ 60 a mais para vale-alimentação. Em nota, o Setransp disse que o acordo permitiu um reajuste que, somado com o ticket alimentação, chega a 8,74%.
Em entrevista nesta sexta-feira à TV Record Goiás, o presidente da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC), João Balestra, lamentou o protesto e disse que o Sindicoletivo não representa legalmente a classe por isto não respeitou o acordo coletivo.
Ninguém da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) foi localizado no órgão ou por telefone para informar quais medidas estão sendo adotadas. A CMTC tem a função de fiscalizar e garantir a operação do serviço.