Gilmar Mendes: há indícios de que Aécio teria cometido os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva (Evaristo Sa/Getty Images/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 25 de junho de 2017 às 10h17.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi sorteado relator de um dos inquéritos que tramitam na Corte para investigar o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
A redistribuição foi feita nessa sexta-feira (23) após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Até então, o responsável pelo inquérito era o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo.
A abertura da investigação foi autorizada por Fachin em abril, atendendo a pedido da PGR com base nas delações premiadas dos ex-executivos da construtora Odebrecht Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves e Cláudio Melo Filho.
De acordo com o Ministério Público, os delatores apontaram por "meio de declaração e prova documental" que foram prometidas e efetuadas "vantagens indevidas" a Aécio e seus aliados durante a campanha à Presidência em 2014, quando o parlamentar terminou a disputa em segundo lugar.
Segundo as investigações, há indícios de que Aécio Neves teria cometido os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
Em maio, o senador foi afastado das funções legislativas após a divulgação da delação premiada de executivos do grupo JBS.
Nessa semana, o STF adiou o julgamento sobre a prisão de Aécio e determinou a soltura da irmã e do primo do senador afastado, investigados na mesma operação.