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Gilmar Mendes pede vista e julgamento de liberdade de Lula é adiado

Antes do pedido do ministro do STF, Fachin e Cármen Lúcia já tinham votado contra a liberdade do ex-presidente, preso na Lava Jato

Lula: Não há data para o julgamento prosseguir. (Ricardo Moraes/Reuters)

Lula: Não há data para o julgamento prosseguir. (Ricardo Moraes/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 17h58.

Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 18h00.

São Paulo — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pediu vista e o julgamento de um habeas corpus que pede a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, foi adiado. 

Antes da solicitação de Gilmar, Edson Fachin e Cármen Lúcia já tinham votado contra a concessão de liberdade a Lula e também contra a anulação dos processos relacionados a Lula nos quais Sérgio Moro atuou como juiz federal.

Além do voto de Gilmar Mendes, faltam os de Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Não há data para o julgamento prosseguir.

Antes do início dos votos, o advogado de defesa do ex-presidente, Cristiano Zanin pediu para a sessão ser suspensa pelo fato de a defesa ter entrado com outro habeas corpus e solicitar julgamento conjunto, com novas argumentações. Por Por 3 votos a 2, a Turma negou pedido e seguiu com a votação.

Habeas corpus

No pedido de habeas corpus que está em apreciação pela Segunda Turma, os advogados de Lula argumentam que a indicação do ex-juiz federal Sergio Moro para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro demonstra parcialidade do ex-magistrado e também que ele agiu “politicamente”.

Moro irá assumir o Ministério da Justiça em janeiro e renunciou ao cargo na magistratura. O magistrado foi responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação no caso confirmada pelo Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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