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Gianazzi pede na Alesp cassação de mandato de Afif

Gianazzi diz que Afif comete crime de responsabilidade contra a administração pública "ao deixar em segundo plano a função de vice-governador" e assumir Secretaria


	Afif Domingos assumiu nesta quinta-feira a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, pasta com status de ministério do governo federal
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Afif Domingos assumiu nesta quinta-feira a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, pasta com status de ministério do governo federal (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 19h19.

São Paulo - Um dia depois de protocolar um requerimento no Ministério Público de São Paulo para que o órgão analisasse o caso do vice-governador Guilherme Afif Domingos, o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) encaminhou, nesta quinta-feira, um ofício à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pedindo a cassação do mandato de Afif.

O parlamentar argumenta no requerimento que Afif comete um crime de responsabilidade contra a administração pública "ao deixar em segundo plano a função de vice-governador" para assumir a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, pasta com status de ministério do governo federal. A solenidade de posse aconteceu nesta quinta, em Brasília.

Para Gianazzi, ao se subordinar ao governo petista da presidente Dilma Rousseff, Afif atenta contra a autonomia do Estado. No documento, ele também registra que essa atitude é contraditória, porque Afif foi eleito na chapa do tucano Geraldo Alckmin, que é de um partido "com ideologia e políticas públicas opostas" às do governo federal.

Citando o artigo do professor de Direito da FGV Carlos Ari Sundfeld, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o deputado também registra que a Constituição estadual determina a perda de mandato caso o governador assuma outro cargo e que essa regra só não vale para o vice para permitir que ele assuma uma secretaria no âmbito estadual.

A iniciativa de Gianazzi, no entanto, não deve ter apoio dos demais parlamentares. A ordem do Palácio do Bandeirantes, que tem o apoio da maioria dos deputados da Assembleia Legislativa, é não questionar a decisão de Afif de acumular os dois cargos.

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