Brasil

Gestores buscam fontes para tornar Maracanã mais viável

Será feito um estudo para estabelecer fontes seguras de receitas e caminhos a seguir para que a arena seja viável economicamente


	Maracanã: o estádio é o terceiro ponto turístico mais procurado no Rio de Janeiro
 (Daniel Brasil/ Portal da Copa)

Maracanã: o estádio é o terceiro ponto turístico mais procurado no Rio de Janeiro (Daniel Brasil/ Portal da Copa)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 14h28.

São Paulo - Em meio à polêmica em que se envolveram com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) por causa do preço dos ingressos das partidas de Flamengo e Fluminense no Campeonato Carioca no local, os gestores do Maracanã querem saber quanto vale a marca do mais famoso estádio do mundo.

Para isso, encomendaram um estudo que fará essa avaliação e, a partir dela, estabelecer fontes seguras de receitas e caminhos a seguir para que a arena seja viável economicamente.

O estudo vai ser concluído em meados de março e está sendo feito pela BDO, em parceria com a Universidade de Massachusetts - nos Estados Unidos e na Europa é comum esse tipo de trabalho relacionado às arenas.

"Vamos ter um diagnóstico preciso e a partir daí será possível fazer um trabalho para que se possa atingir o potencial máximo do estádio", explicou Pedro Daniel, consultor da BDO.

O trabalho já concluiu que há dois bons nichos relacionados à operação do Maracanã: o relacionamento com os proprietários de cadeiras cativas e as visitas ao estádio. O Maracanã é o terceiro ponto turístico mais procurado no Rio de Janeiro, atrás do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar.

"E nos dias de chuva é o primeiro", acrescentou Daniel. Só no último mês de janeiro, 40 mil pessoas fizeram o tour pelo estádio - e, claro, geraram uma boa receita com a compra de produtos.

O diretor de negócios da concessionária que administra o Maracanã, Marcelo Frazão, diz que a utilização do espaço como centro de eventos corporativos e para grandes shows e também a exploração do ginásio Maracanãzinho são outras opções também interessantes do ponto de vista econômico.

Ele diz que a polêmica atual envolvendo o preço dos ingressos não causará prejuízos à imagem da arena.

"Mesmo porque uma coisa é a concessionária e outra é a marca. Mas na nossa avaliação, o impacto com os torcedores foi mais positivo do que negativo, pois mostrou que zelamos pelos nossos parceiros (Flamengo e Fluminense)".

Frazão não tem dúvidas de que o Maracanã é viável como negócio, mas isso passa pelo conceito multiuso. As receitas com o futebol ainda são irregulares. "Ainda vai ter um tempo de maturação do produto futebol", acreditou.

Segundo os seus cálculos, um jogo no Maracanã só é lucrativo com público mínimo entre 25 e 30 mil pessoas.

Por isso, ainda não se tem a melhor forma do utilizar o estádio, principalmente em partidas de menor apelo. No dia 4, por exemplo, quando o Flamengo venceu o Barra Mansa por 4 a 0, apenas 25 mil ingressos foram colocados à venda, para dois únicos setores.

Mas o público pagante foi de 12.933 pessoas. "No Brasileiro a situação melhora. Mas é correto pensar que o Maracanã deveria ser preservado para os grandes jogos", disse Frazão.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEstádiosFundos de investimentoGestores de fundosMercado financeiroMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame