Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (Heloisa Ballarini/SECOM)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2015 às 09h18.
São Paulo - A um ano e meio do término do mandato, o prefeito Fernando Haddad (PT) cumpriu um em cada quatro compromissos previstos em seu programa de metas.
Balanço oficial divulgado ontem no site da Prefeitura de São Paulo aponta que, das 123 metas, 32 foram integralmente cumpridas e outras 48 têm índice de execução superior a 50%. Quase metade das metas, portanto, tem taxa de cumprimento inferior a 50%.
A Secretaria de Comunicação informou que o ritmo de cumprimento de metas não é linear e a Prefeitura espera atingir todos os objetivos propostos até o fim da gestão, em dezembro de 2016. A gestão afirmou que o cronograma dos projetos teve de ser alterado pela perda de receitas dos últimos anos.
A pasta deu como exemplo da queda de arrecadação o atraso de um ano na atualização do valor do IPTU na cidade, barrado por liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, e o congelamento da tarifa de ônibus de 2013 a 2015. De acordo com a Secom, os dois fatos causaram perda de R$ 2,5 bilhões ao orçamento municipal desde 2013, quando Haddad assumiu a Prefeitura.
O baixo índice de cumprimento das metas atinge áreas prioritárias, como saúde e educação. Das 13 metas previstas para os dois temas, apenas uma foi integralmente cumprida - a implementação de 31 polos da Universidade Aberta do Brasil.
De acordo com a Prefeitura, foram criados 32 polos e ofertadas 8.852 vagas no ano passado. A criação de vagas de creches, no entanto, não obteve o mesmo êxito no mandato. Das 243 unidades prometidas, apenas 32 foram entregues e outras 36 estão em obras.
Outra meta de educação com cumprimento aquém do ideal é a construção dos 20 Centros Educacionais Unificados (CEUs). Em dois anos e meio, apenas um foi entregue, em Heliópolis (zona sul).
Na área da saúde, o maior desafio são os três hospitais prometidos. As unidades de Parelheiros (zona sul) e Brasilândia (zona leste) tiveram as obras iniciadas somente neste ano. Elas devem durar dois anos.
O terceiro hospital não será instalado na zona leste, como prometido na campanha eleitoral. Em seu lugar, deverá entrar o Hospital Santa Marina, unidade particular comprada por Haddad, atualmente em reforma para se transformar em centro médico público. A entrega parcial da unidade, prevista para o fim do ano passado, está atrasada.
Também anda a passos lentos o projeto de construir 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por enquanto, quatro foram entregues. Das 25 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prometidas por Haddad, duas foram entregues e 13 tiveram as obras iniciadas em abril deste ano.
Na área de habitação, o plano de entregar 55 mil unidades em quatro anos também será difícil de ser atingido, caso o ritmo de entrega continue o mesmo. Até agora, 4.944 moradias foram concluídas.
Atraso
O andamento do programa de metas da gestão Haddad foi publicado no site da Prefeitura apenas no início da tarde de ontem, apesar de estar anteriormente prometida para ocorrer durante o mês de junho. A última atualização havia sido feita em dezembro do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.