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Gerente diz que obra no Comperj foi feita sem licitação

Diretoria executiva da Petrobras teria fechado contrato de RS 3,8 bilhões sem licitação

Canteiro de obras da Refinaria do COMPERJ: o gerente executivo de engenharia da estatal defendeu que a companhia busque o ressarcimento dos contratos onde houve pagamento de propina (Agência Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 15h44.

Brasília - Em depoimento à CPI da Petrobras , o gerente executivo de engenharia para a área de Abastecimento da Petrobras, Maurício Guedes, foi questionado sobre um contrato de 2011 entre a estatal e o consórcio Odebrecht e UTC para obras de uma unidade do Comperj.

Guedes foi coordenador da comissão de negociação do contrato e disse que o negócio de RS 3,8 bilhões foi fechado com dispensa de licitação pela diretoria executiva da estatal.

O gerente explicou que a proposta inicial do consórcio era em torno de R$ 4 bilhões e que eles conseguiram negociar desconto no contrato. Júlio Camargo, da Toyo Setal, teria assinado o documento como testemunha por parte das empreiteiras. As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro ainda não foram concluídas.

Ele afirmou que soube pela imprensa sobre o escândalo de corrupção na estatal e se disse "surpreso" e "indignado". "Nunca me ofereceram vantagem nenhuma em 28 anos de Petrobras", declarou o gerente, ouvido na condição de testemunha.

O gerente disse que entre os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Engenharia e Serviços) e o ex-gerente Pedro Barusco (Engenharia e Serviços), o último foi com quem teve uma relação mais direta por ser próximo hierarquicamente. "É difícil crer que ele (Barusco) sozinho receberia propina", comentou.

Guedes defendeu que a companhia busque o ressarcimento dos contratos onde houve pagamento de propina. "Acho que a Petrobras tem de reaver os recursos", enfatizou.

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Guedes foi coordenador da comissão de negociação do contrato e disse que o negócio de RS 3,8 bilhões foi fechado com dispensa de licitação pela diretoria executiva da estatal.

O gerente explicou que a proposta inicial do consórcio era em torno de R$ 4 bilhões e que eles conseguiram negociar desconto no contrato. Júlio Camargo, da Toyo Setal, teria assinado o documento como testemunha por parte das empreiteiras. As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro ainda não foram concluídas.

Ele afirmou que soube pela imprensa sobre o escândalo de corrupção na estatal e se disse "surpreso" e "indignado". "Nunca me ofereceram vantagem nenhuma em 28 anos de Petrobras", declarou o gerente, ouvido na condição de testemunha.

O gerente disse que entre os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Engenharia e Serviços) e o ex-gerente Pedro Barusco (Engenharia e Serviços), o último foi com quem teve uma relação mais direta por ser próximo hierarquicamente. "É difícil crer que ele (Barusco) sozinho receberia propina", comentou.

Guedes defendeu que a companhia busque o ressarcimento dos contratos onde houve pagamento de propina. "Acho que a Petrobras tem de reaver os recursos", enfatizou.

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