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Geração de emprego em junho foi a pior nos últimos 16 anos

Foram criados 25,3 mil postos de trabalho criados em junho, número que representa uma queda de 83,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior

Industriais brasileiros alertaram que Copa produziu altos prejuízos para consumo e produção (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 21h48.

São Paulo - O Brasil gerou 25,3 mil postos de trabalho em junho, o pior número registrado no período nos últimos 16 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho .

Segundo os dados oficiais, o número representa uma queda de 83,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram gerados 123,8 mil empregos , e é o resultado de 1.639.407 contratações e 1.614.044 demissões em junho.

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Durante o primeiro semestre do ano, o Brasil gerou 588,6 mil postos de trabalho, com uma alta de 1,45% em relação ao mesmo período do ano anterior, e nos últimos 12 meses foram criados 763,4 empregos (1,89%).

O setor mais prejudicado no mês de junho foi o da indústria de transformação, que perdeu 28,5 mil postos de trabalho, seguido do da construção civil (-12,4 mil) e o do comércio (-7 mil).

Após a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, reconheceu que esperava um resultado melhor.

"O grande fator que causou o diminuição (do emprego) foi a indústria. Em todos os setores da indústria, houve retrocesso. Mas no mês que vem começam os contratações visando o dia dos pais e o fim de ano", comentou o ministro.

Os industriais brasileiros alertaram que a realização da Copa do Mundo, que aconteceu entre 12 de junho e 13 de julho, produziu altos prejuízos devido ao aumento dos feriados nacionais e regionais.

Segundo cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cada dia não trabalhado durante a Copa representou um prejuízo de R$ 8.085 milhões na indústria brasileira.

"No período da Copa houve uma redução drástica do consumo. Nos dias de jogos (da seleção brasileira) os shoppings ficaram abertos até as 16h", admitiu Dias.

No lado oposto, o setor da agricultura liderou a geração de emprego, com a criação de 40,8 mil postos de trabalho, seguido do setor serviços (+31,1 mil).

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